O primeiro cenário é da Grande Muralha da China em seu espaço e com características originais, sem ter sido restaurada nos tempos modernos e longe de qualquer atividade comercial ou exploração turística. Está no meio de áridas montanhas, perto de comunidade rural em uma das vilas mais pobres do país, na província de Shanxi, no centro-norte.
A área está mais próxima do que um dia foi a autêntica estrutura militar, na China Imperial. A muralha começou a ser construída há dois mil e duzentos anos, na Dinastia Qin (221 a 207 a.C.), e seguiu em transformação até o período Ming (1.368 a 1.644). A obra é na verdade um conjunto formado por diversas muralhas edificadas separadamente e depois unificadas.
O tamanho aproximado – segundo o último levantamento de arqueólogos do próprio governo chinês – indica que pode ser de 21 mil quilômetros de extensão. A estimativa de 2009 acusava comprimento de 8.851 quilômetros.
Essa diferença e a falta de exatidão quando à dimensão da obra deve-se ao fato de que boa parte da fortificação foi erguida com terra batida – e não com pedras e tijolos – que desapareceu com o passo dos anos. Outra parte da estrutura deve ter sido utilizada como material de construção em aldeias próximas. Conta a lenda que até ossos de trabalhadores mortos estão entre a argamassa do paredão.
A altura é variável, em média 7,5 metros. Sempre se imaginou que a barreira começou a ser levantada para proteger os antigos impérios das tribos vizinhas, vindas do Norte. No entanto, historiadores acreditam que a dinastia Qin não corria grande perigo quando a obra foi iniciada, seria então uma preparação para ameaças futuras.
Centenas de milhares de homens foram recrutadas para o trabalho, entre soldados, camponeses e prisioneiros. Como primeiro unificador da China, Qin Shi huang começou a conectar a muralha, ampliada depois pelos sucessivos reinos.
A Grande Muralha da China era intercalada por milhares de torres de observação e vigia. De cada ponto os guardas observavam a movimentação e estabeleciam comunicação por fumaça, fogo e bandeiras. Transpor a muralha até poderia ser possível, mas sem muita rapidez, e nunca a cavalo. Apesar do tamanho e da vigilância, a imensa parede não conteve o avanço mongol, a partir do século XIII, e sua consequente dominação.
O segundo cenário é de Badaling, um dos mais importantes trechos da Grande Muralha, totalmente restaurado e com quase quatro quilômetros abertos ao trânsito de visitantes. É sem dúvida o ponto mais turístico da edificação, com áreas de restaurantes, lojas de souvenires, hotéis e multidões diárias de turistas.
Foi restaurada nos anos 50 e reconstruída na década de 80, a 70 quilômetros de Beijing, a capital chinesa. Optei por conhecer esse trecho para vivenciar o contraste entre as duas distintas partes da mesma muralha.
A terceira imagem é de trecho restaurado, porém absolutamente tranquilo. Em hiking sobre o paredão é possível se afastar facilmente dos grupos de turistas, em sua grande maioria chineses, pouco dados ao esforço físico ou caminhadas em trajetos íngremes e longas distâncias.
O paredão é tão impressionante que se acreditava possível o avistamento desde a lua, ou por astronautas em órbita da Terra, o que depois foi desmistificado.
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