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Reflexão do Viajante

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Os Maias sabiam viver. Na costa caribenha de águas azuis turquesa e verde jade construíram a cidade portuária de Tulum. “Zama”, chamavam o lugar onde o amanhecer chegava primeiro. Por trás das muralhas de pedra calcária, admiravam o horizonte.

Na atividade cotidiana participavam ativamente do movimento comercial marítimo e terrestre, compreendido entre o centro do México e Honduras, na América Central.

Três grandes muralhas fechavam a cidade. A leste, o mar era proteção natural.

Matemáticos, inventaram o conceito do zero. Observadores astronômicos, orientavam cidades e construções segundo os quatro pontos cardeais, como mostram as cruzes de pedra. Preocuparam-se ainda em calcular a órbita de Vênus.

Artistas deixaram a herança da cor e da modelagem do tecido aos indígenas da Guatemala. Falaram 36 línguas na América Central, com estrutura gramatical desenvolvida e expressões literárias próprias.

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As cavernas debaixo de algumas construções são os Cenotes, que armazenavam água da chuva para abastecer a cidade.

Ao contrário do que prega boa parte dos historiadores, a Civilização Maia não se degenerou pelas guerras ou sucumbiu à fome ou  doenças. Nem foi conquistada pelos espanhóis, como os demais povos pré-colombianos – Astecas, Toltecas ou Olmecas.

Deixaram as principais cidades e desapareceram, afirmam estudiosos gnósticos. Místicos, teriam se transportado a uma dimensão paralela, não física, segundo a mesma linha de pesquisa.

Apesar de mal interpretados por visionários do fim do mundo em 2012, os Maias foram especialistas em calendários e contagem do tempo. Diziam que o caminho de Tulum, no mar, se abriria em algum momento e o mundo então mudaria.

Por enquanto, as ondas estouram na praia e as iguanas se arrastam na areia. O mar permanece azul celeste, admirado do alto da fortificação. As praias da região de Tulum são as mais bonitas da Península de Yucatã. Os Maias sabiam viver.

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