Os deputados investigados na Operação Lava Jato evitaram falar em corrupção na hora de se posicionar em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na votação deste domingo (17) na Câmara. O único deputado que mencionou a palavra “corrupção” em seu voto foi o gaúcho Luiz Carlos Heinze (PP).
“Pelos gaúchos que represento, para combater o projeto de poder e de corrupção do Lula e do PT, pelos agricultores brasileiros, voto sim pelo impeachment”, disse o parlamentar na hora de proferir o voto. O deputado gaúcho responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente participar da divisão de propina dentro do PP por contratos na Petrobras.
Dos 22 investigados na Lava Jato, 16 votaram a favor do impedimento da presidente Dilma neste domingo (17) na Câmara dos Deputados. Dois deles não votaram e quatro foram contra o impeachment.
O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) votou contra o impeachment, mas fez questão de destacar no voto a sua lealdade ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). “Meu presidente querido, continuarei sendo leal a sua pessoa como presidente dessa Casa”, disse o parlamentar. Cunha também é investigado na Lava Jato e já foi denunciado ao STF por participação no esquema.
Entre as palavras mais utilizadas pelos investigados da Lava Jato para votar o impeachment, “corrupção” aparece apenas uma vez, no voto de Heinze. As palavras família, democracia, desenvolvimento, filhos, respeito e mudança, por exemplo, são mais recorrentes.
Veja abaixo as palavras que mais apareceram no discurso dos parlamentares investigados:
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