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Da Coluna Delações Não Premiadas, publicada nesta segunda-feira (9) na Gazeta do Povo:

A Polícia Federal (PF) finalizou as investigações sobre o vazamento de informações da operação Lava Jato por “dissidentes da PF”. A delegada Tânia Fogaça, responsável pelo procedimento, pediu o indiciamento de um delegado, dois agentes e dois advogados. O inquérito foi instaurado para apurar os crimes de corrupção, violação de sigilo funcional, denunciação caluniosa e associação criminosa. No início de maio, a delegada pediu os indiciamentos, mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu mais diligências. A Justiça Federal deu o prazo de 30 dias para que a PF conclua as diligências e levantou o sigilo do caso. O caso não está sendo conduzido pelo juiz federal Sergio Moro (foto), que se declarou suspeito para conduzir o procedimento. Quem é o responsável pelo inquérito na Justiça Federal é Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara. Moro alegou “situação de desconforto pessoal” para julgar o caso por causa dos envolvidos.

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Repercussão

O caso “dos dissidentes” ganhou repercussão depois que a polícia encontrou em meio ao material apreendido na deflagração da 14ª fase da Lava Jato uma anotação no celular do empresário Marcelo Odebrecht que fazia referência a uma tentativa de barrar as investigações. A anotação falava em “trabalhar para parar / anular a investigação” com a ajuda de “dissidentes da PF”. Leia mais sobre o assunto aqui no blog Delações não Premiadas.

Na 1.ª instância

Parte das investigações do possível envolvimento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Lava Jato “desceu” para a primeira instância. O inquérito que cita a senadora, seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, e um empresário curitibano que teria intermediado o recebimento de R$ 1 milhão para a campanha da petista, continua em Brasília. Porém, haverá investigação na capital paranaense para apurar o possível envolvimento de outras pessoas no esquema. O processo está em fase de manifestação do MPF.

Lista tríplice

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A delegada Erika Marena, integrante da força-tarefa que conduz as investigações da Lava Jato em Curitiba, foi a candidata mais votada para integrar a lista tríplice montada pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) para a indicação do próximo delegado-geral da PF. A delegada paranaense encabeça a lista com 1.065 votos. Caso seja nomeada, Erika seria a primeira mulher a assumir o comando da PF na história da corporação.

Novas rés

A filha de José Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva, e a arquiteta Daniella Facchini se tornaram rés em um processo na Lava Jato. O tribunal TRF4 decidiu aceitar a denúncia do MPF de lavagem de dinheiro envolvendo as duas. Elas foram denunciadas junto com Dirceu, mas o juiz federal Sergio Moro não acolheu a denúncia contra elas, alegando que as duas não faziam parte do esquema criminoso da Petrobras. O MPF recorreu da decisão.