O juiz federal Sergio Moro autorizou nesta segunda-feira (2) a transferência de quatro presos da operação Lava Jato que eram mantidos provisoriamente na carceragem da sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida, em Curitiba. A transferência deve ocorrer na manhã desta terça-feira (3).
Serão levados para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, o ex-senador Gim Argello, o empresário Ronan Maria Pinto, presos desde o mês passado, e o marqueteiro João Santana. A mulher dele, Monica Moura, será transferida para um estabelecimento prisional feminino, não especificado no despacho de Moro. O casal foi preso na 23ª fase da Lava Jato, em fevereiro.
Na decisão, Moro destaca que a autoridade policial informou, no pedido de transferência, que “permanecem na unidade apenas os colaboradores e aqueles que estão em processo de tomada de depoimentos”. Com esse apontamento, perde força a informação de que Argello e Monica Moura teriam firmado acordo de delação premiada. O despacho do juiz ocorreu sobre um pedido do delegado da PF Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato.
O “esvaziamento” da carceragem da PF também gera outra desconfiança: geralmente, logo depois da ocorrência de transferências para liberar celas, é deflagrada uma nova fase da Lava Jato, com novas prisões. Resta esperar.
Com a transferência dos quatro presos, ainda permanecem na carceragem da PF: Hilberto Mascarenhas; Marcelo Rodrigues; Olivio Rodrigues Jr.; Luiz Eduardo da Rocha; Marcelo Odebrecht – todos ligados a Odebrecht; os doleiros Alberto Youssef; e Nelma Kodama; sua assistente, Iara Galdino; o operador Zwi Scordnicki; o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; o ex-deputado Pedro Correa; e José Antunes Sobrinho, da Engevix.
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