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Avenida Brasil conquistou os brasileiros. Há quem diga que a novela das nove é uma das melhores dos últimos anos. E muita gente concorda. Na última segunda, por exemplo, o folhetim bateu recorde de audiência no Rio de Janeiro, com 51 pontos no Ibope. Em São Paulo, a marca ficou em 43. Em tempos de baixa audiência na televisão, os números impressionam. E não é à toa. Com um enredo envolvente e atuações impecáveis, Avenida Brasil já entrou no rol das novelas mais bem sucedidas da história da Rede Globo.

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Escrita por João Emanuel Carneiro, o mesmo de outro sucesso das nove, A Favorita, a trama já começou rodeada de mistério. Como falamos aqui no Descontrole, o enredo de Avenida Brasil era muito parecido com o do seriado norte-americano Revenge. Após a estreia, algumas semelhanças foram evidenciadas e surgiram também diferenças. Graças ao trabalho de Adriana Esteves, interprete da vilã Carminha, a protagonista Nina, vivida por Deborah Falabella, ficou um pouco apagada. Outros personagens, no início pequenos, também foram conquistando o público – à exemplo da piriguete Suelen (Ísis Valverde).

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O estilo da narrativa, direto e sem muitos rodeios, também soma pontos. Não tem enrolação em Avenida Brasil. Nina quer vingança e executa, a cada capitulo, mais um passo em seu plano mirabolante. Carminha não deixa barato e também faz suas maldades diariamente. E juntas, as duas são imbatíveis. Quem assistiu a cena em que a vilã conta que matou o cachorro de Betânia (Bianca Comparato) viu um show de interpretação. Para quem não assistiu, dê uma olhada:

Bem construídas, personagens como Carminha e Nina são a síntese do porquê do sucesso de Avenida Brasil: elas não são preto e branco, 8 ou 80. Não são totalmente boas, nem totalmente más. Têm seus momentos de ternura – como o sentimento genuíno que Carminha nutre pelo filho Jorginho (Cauã Reymond) – e seus ataques de maldade, como Nina enganando todos, até mesmo aqueles que gostam dela. São parecidas com pessoas da vida real. E isso é mérito, principalmente, do autor João Emanuel Carneiro, que já desponta como um dos melhores novelistas da nova geração global.

Como nem tudo são flores, a novela também tem seus momentos chatos. O núcleo de Cadinho (Alexandre Borges), que começou prometendo ser o alívio cômico, se tornou a parte mais enfadonha do folhetim. Assim como Jorginho, que, pode ser impressão minha, mas parece ter perdido até mesmo um pouco de espaço na trama, com poucas cenas nos episódios. Mesmo assim, eles não são o suficiente para diminuir o mérito da novela. Na verdade, são até importantes. Afinal, como ficamos sem nem piscar durante as cenas de Carminha, Nina, Suelen, Monalisa, Leleco e muitos outros, é bom aproveitar para ir ao banheiro quando Cadinho surge em cena.

E você? Está gostando de Avenida Brasil também?

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