Ter entre 20 e 25 anos, ser recém-formada e ter que dar seus primeiros passinhos na vida de adulta independente financeiramente não é fácil. Ainda mais quando seus pais decidem cortar a mesada salvadora, você perde seu emprego (não remunerado, mas era, ao menos, uma ocupação) e tem que continuar se virando para viver em Nova York, conhecida por engolir pessoas despreparadas. E é nesse ponto que começa Girls, seriado que estreia hoje na HBO.
Hannah Horvath (Lena Dunham, também criadora e roteirista da série) é a personagem central que passa por essas dificuldades. Como se não fosse suficiente, ela ainda tem que lidar com o seu affair – por falta de palavra melhor – Adam, que parece não se importar muito com ela, a não ser quando ela aparece em sua porta.
As outras garotas do título são sua companheira de apartamento, Marnie, sua amiga cool e inglesa, Jessa, e a prima de Jessa, a engraçadíssima Shoshanna. Cada uma das personagens tem apelos diferentes e fica difícil para as jovens dessa idade não se identificarem com ao menos uma delas.
A graça do seriado está nessa realidade e nas péssimas situações que Hannah enfrenta, por sua falta de traquejo social. A cena que ela tenta conseguir um emprego e faz piadinhas de gosto duvidável com o entrevistador é a máxima da vergonha alheia. Assim como quando ela vai atrás de Adam para dizer algumas verdades sobre o relacionamento com as sobrancelhas desenhadas.
Um problema que causou muitas discussões é a falta de diversidade no elenco. Todos os personagens principais são jovens brancos, geralmente amigos de Lena e de boas famílias americanas, o que levantou a possibilidade de um “nepotismo” na escolha.
Girls tem o roteiro perfeito para quem se vê na descrição do primeiro parágrafo, mas também te graça para outras pessoas, por ser inteligente e rápido. Com apenas dez episódios, o seriado já está deixando fãs desesperados pela segunda temporada, que só deve chegar em janeiro de 2013.
Para quem quiser conferir, Girls começa a passar hoje às 22h, no canal HBO.