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Com um tom realista e contemporâneo, a novela A Vida da Gente estreia nesta segunda-feira (26) no horário das 18 horas da RPCTV (afiliada da Rede Globo no Paraná). O programa, que deixa de lado a narrativa fantasiosa de Cordel Encantado, tem como uma das protagonistas a curitibana Marjorie Estiano. Por telefone, a atriz falou sobre a nova atração com a reportagem da Gazeta do Povo.

Na trama, Marjorie interpreta Manuela, uma jovem que tem uma relação conflituosa com a mãe, que se idealiza na outra filha, Ana (Fernanda Vasconcellos). “É o papel de uma pessoa que vive em uma família desconstruída, mas muito apegada aos seus familiares”, conta. A situação familiar das personagens se complica com o divórcio da mãe e a gravidez precoce da irmã, fruto de um relacionamento com Rodrigo (Rafael Cardoso), filho do padrasto das duas.

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Como a mãe quer que as filhas fiquem longe da família do ex-marido, as duas decidem fugir e acabam sofrendo um acidente. Ana fica em coma por cinco anos e, quando acorda, Ma­­n­­uela está casada com Rodrigo e cuidando de sua criança.

A sinopse deixa entender que Manuela traiu a irmã, mas a atriz garante que a situação é mais complexa. “A novela é cheia de sutilezas. Meu personagem não é mau caráter. Ela ama muito a Ana. É bem possível que o público se divida entre as duas, porque o drama é muito humano.”

De acordo com a atriz, o aspecto realista da novela provoca um contraste grande com a anterior. “Cordel Encantado lidava com coisas lúdicas, incomuns. Tinha vilões, príncipes e mocinhas. A Vida da Gente tem um pouco de poesia também. Mas as pessoas devem se identificar mais, pois retrata situações co­­muns”, explica. Em prol do realismo de seu personagem, Marjorie chegou a fazer um laboratório para aprender a cozinhar. “Eu não tinha familiaridade com a culinária. Mas a Manuela encontra um lugar de conforto na cozinha. Tanto que se profissionaliza na segunda parte da novela.”

Boa parte da trama de A Vida da Gente é ambientada na cidade de Porto Alegre. Marjorie garante que isso é apenas um detalhe. “A novela trata de uma história universal. Pessoas de todo o Brasil devem se identificar com o tema, apesar de explorar bem o Sul.” Ela conta que se sentiu bem à vontade pela lembrança da cidade natal, mesmo nas cenas de frio. “É um ambiente familiar. E o verão acaba aparecendo também (risos).”

* Matéria publicada originalmente no Caderno G (26/09/2011)

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