Chegar ao fim do seriado Prison Break é um alívio. Em suas quatro temporadas, exibidas entre 2005 e 2009, o programa consegue desgastar todos os elementos que deveriam atrair o público. Isso inclui as fugas mirabolantes dos protagonistas e as reviravoltas enigmáticas dos vilões. Uma pena, pois a proposta inicial era bem divertida (apesar de essencialmente escapista).
Na trama, Michael Scofield (Wentworth Miller) é um jovem engenheiro brilhante que precisa salvar seu irmão, Lincoln Burrows (Dominic Purcell) da cadeira elétrica. Para isso, ele decide forjar um crime para ir para a prisão de segurança máxima em que Burrows aguarda a morte. Seu plano é fugir com o irmão usando um mapa do local que tatuou em seu corpo.
A premissa da fuga, como é possível imaginar, dura apenas a primeira temporada. Depois, a narrativa desemboca para subtramas mal explicadas, que giram em torno de uma corporação secreta que domina o mundo (mais previsível é impossível). Ao fim da última temporada, a série está praticamente irreconhecível daquela vista nos primeiros episódios.
Esse afastamento era uma preocupação evidente por parte dos produtores do seriado, que decidiram basicamente reproduzir toda primeira temporada na terceira. Explico: no último episódio da segunda temporada, os protagonistas novamente vão parar em uma prisão de segurança máxima. E, novamente precisam bolar um jeito magnífico de escapar da morte. A ideia, que pretendia agradar, acaba sendo muito repetitiva e desnecessária.
A série tem personagens inegavelmente cativantes, como o ladrão romântico Fernando Sucre (Amaury Nolasco) e o pedófilo sedutor T-Bag (Robert Knepper). Mas eles não são o suficiente para salvar a série do cansaço. Ao fim do último episódio, o espectador fica sem vontade de encarar mais do drama dos irmãos de sobrenome diferente. O final de Prison Break gera um único pensamento: ainda bem que acabou!
* Foi produzido um filme para televisão que se passa após o fim da série. O longa metragem circula no Brasil em DVD, mas não tive muita coragem de assistir. Alguém viu? É bom?
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