Samuel Beckett escreveu dois “Atos sem palavras”. Essa é uma filmagem do primeiro. Acho eu que é uma metáfora mais ou menos fácil de entender. O mundo nos promete as coisas, mas quando estamos para alcançar, vemos que é ilusão. E, no entanto, estamos presos aqui…
Se for isso mesmo, parece típico de Beckett e do tipo de pessimismo que tomou conta da Europa no pós-Guerra. Nós somos nada, não podemos alcançar nada etc… Seu “teatro do absurdo” é marcado por essa impressão do mundo.
Particularmente, não concordo muito com esse pessimismo. Mas não passei pelo que esse pessoal passou, então como saber? Beckett viveu a época das duas grandes guerras mundiais, da descoberta da bomba atômica, o início do terrorismo, dos totalitarismos, o Holocausto…
O fato é que a peça é tremendamente bem bolada e a encenação aqui é bacana. Então, veja aí.
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