Fiquei sabendo por esses dias que o Teatro Guaíra vai montar uma versão integral da “Sagração da `Primavera” em junho deste ano. Com o balé do teatro e com a Sinfônica do Paraná. Bela notícia. A “Sagração”, de Stravinsky, é uma das peças mais importantes da música do século 20 e certamente o balé mais importante.
Stravinsky e seu “cúmplice” Sergei Diaghilev causaram um escândalo na Europa com a música e a dança em 1913. Os ritmos eram violentos. Os movimentos, bem diferentes do tradicional bailado “gentil” do século 19. Um típico momento de ruptura.
E na história é ainda sobre um ritual pré-civilizatório… Uma tribo russa em que o frio é um problema (claro, é a Rússia), celebra a chegada da primavera todos os anos com a morte de uma virgem , que é obrigada a dançar até se exaurir, sem forças, e cair dura no chão. Chocante? Imagine há cem anos.
Vi uma vez a “Sagração” no Guaíra, mas com CD no fundo. Com a Sinfônica, até onde eu saiba, nunca se fez. E toda cidade que se preze precisa fazer coisas desse gênero. (Só falta ninguém ir ver…)
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