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O palpite de hoje sobre o Nobel é de Rogério Pereira, diretor da Biblioteca Pública do Paraná e editor do jornal literário Rascunho, que deu entrevista ao blog:

Por que Amós Oz merece o Nobel?

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Se levarmos em questão o cunho político no Nobel (o que é uma bobagem, convenhamos), Amós Oz é uma das figuras mais importantes na discussão da paz entre judeus e árabes. Este tema está presente em seus ensaios e perpassa também a sua ficção, sem nunca (jamais) ser panfletário. É um pacificista.

Para além desta questão, Oz é um dos escritores contemporâneos de maior relevância, com uma obra poderosa. Sua técnica, aliada a boas histórias, eleva a literatura ao verdadeiro status de arte. A literatura de Oz nos coloca o tempo todo em confronto com o mundo que nos cerca, com as nossas dúvidas, com a busca de um sentido para a vida. Enfim, nos humaniza e não nos deixa indiferentes diante do mundo e de seus estranhos habitantes — nós mesmos.

Quais são os livros dele que você indicaria para quem nunca leu?
Indicaria todos. Li o primeiro livro de Oz no início dos anos 1990: “Conhecer uma mulher”. Outros livros que indicaria para o leitor “iniciante” neste autor são “Não diga noite”, “Pantera no porão” e “De amor e trevas”. É impossível se arrepender.

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