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Apaixonada, ela ainda tem de ouvir as histórias de amor dele

Reprodução/Internet
Dorothy Parker: prosadora e poeta.

A partir desta semana, o blog terá algumas novas seções fixas. Uma delas é essa que se inaugura aqui. Cada terça, pretendo publicar um pequeno poema.

É que estou me divertindo na tentativa de traduzir coisas. E assim me obrigo a fazer algo do gênero pelo menos uma vez por semana.

Para a estreia, ponho aí um poeminha de Dorothy Parker (1893-1967), uma autora norte-americana que conheço menos do que devia.

Desculpem os erros de iniciante. E espero que alguém goste.

Uma certa mulher

Ah, sei sorrir, e inclinar meu rosto, E ouvir avidamente seus segredos Pintar meus lábios, perfumar meu gosto E em sua testa passear meus dedos

Você me lista seus muitos amores E eu me extasio, rio e fico calma E você ri também, sem ver as dores As várias mortes que morreu minha alma

E ao me ver em minha atuação, Fingindo ser feliz, você me crê, E do tumulto do meu coração Você nunca vai saber

Ah, posso rir e mesmo fazer festa Quando ouço suas novas aventuras — De damas delicadas e indiscretas De mãos que se demoram e sussurros.

Assim te agrado, e você logo tenta Contar-me novas sagas de prazer Você me quer assim – feliz, contente, Mas minha noite insone ninguém vê

E quando algum desejo te distrai
Um beijo, um riso, e lá se vai você
E o que se passa quando você sai
Você nunca vai saber

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