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Entre os mortos no bombardeio do amanhecer estava um homem de cem anos de idade

Reprodução/Internet
Dylan Thomas.

O título acima é de um poema do galês Dylan Thomas. O que quer dizer que, sim!, o blog finalmente voltou a cumprir a promessa de colocar traduções de textos às terças-feiras.

O fato realmente ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial e foi registrado por Dylan Thomas em seu livro “Deaths and Entrances”. O livro tem mais alguns poemas marcados pela destruição e pela morte do período na Grã-Bretanha, onde ele morava.

Esse foi de longe o poema mais difícil que enfrentei até aqui, dos quatro que já pus no blog, tanto pela forma quanto pelo conteúdo, e, admito, precisei de ajuda para entender pelo menos um verso. Não vou dizer ajuda de quem para não creditarem os erros que são meus a outros…

Fica aí a tentativa. Mas, claro, o original é muito mais bonito. Fazer o quê?


Entre os mortos no bombardeio do amanhecer estava um homem de cem anos de idade

Quando o dia despertava sobre a guerra
Ele se vestiu e saiu e morreu
Boquiabertas trancas voaram ao céu
Caiu onde amava, na rebentada pedra
E nas fibras funerais da fria terra
Conte aos seus que ele parou um sol
E que das crateras dos olhos um fogo jorrou
Na hora em que as chaves voaram sonoras
Pelas cadeias do grisalho coração não cave mais
No céu uma chaga carrega a ambulância
Esperando que a pá se chegue à grade
Ah, tire seus ossos do carro comum
A manhã já voa nas asas da sua idade
E na mão do sol cem cegonhas repousam

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