Um estudo publicado na BPS Review, dos Estados Unidos, mostra como psicólogos conseguiram fazer com que algumas pessoas passassem a crer firmemente que fizeram algo que, na verdade, nunca fizeram. As pessoas criaram uma falsa memória para si mesmas que nem os próprios pesquisadores, depois, conseguiram apagar.
Funcionou assim. Na primeira sessão, os participantes eram levados a fazer algumas coisas simples. Na segunda sessão viam vídeos em que se sugeria que eles haviam feito algumas coisas adicionais, que não eram verdadeiras. Na terceira sessão, os pesquisadores contavam que a segunda parte era mentira. Mas quem disse que as pessoas deixavam de acreditar naquilo?
Os resultados mostraram que para 25% das memórias falsas, as pessoas tinham nota mais alta de memória do que de crença. Traduzindo, as pessoas já não criam que aquilo tinha ocorrido, mas aquilo continuava fazendo parte de sua memória.
De acordo com o blog do Freakonomics, onde o estudo pode ser encontrado, isso levantou dúvidas éticas para os pesquisadores, sobre se eles podem ou não continuar criando falsas memórias em laboratório. Eu, para falar a verdade, nem sabia que eles faziam isso…
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