Em 1811, Beethoven começou a escrever um de seus trabalhos mais populares. A Sétima Sinfonia, desde a estreia, levantou a plateia. O segundo movimento, o mais famoso até hoje, tinha de ser repetido a pedido do público.
Pois bem. Aproveitando a data histórica dos 200 anos, aproveito para fazer aqui uma pequena homenagem a Beethoven (como se ele precisasse que eu fizesse isso) e à sinfonia que mais ouvi na vida até hoje.
Vou pôr aqui a versão do grande regente Carlos Kleiber. Eu sei, ele era meio argentino… Mas fazer o quê? E a ideia é aproveitar um pouco para mostrar como funciona uma sinfonia tradicional (clássica/romântica).
Começo hoje pelo primeiro movimento. É uma das mais longas introduções de sinfonia das época.
Como na maior parte das sinfonias “clássicas”, são quatro movimentos. Quatro partes separadas e independentes.
Neste primeiro movimento, Beethoven segue o esquema tradicional da forma sonata (explico isso no próximo post). E começa com um movimento alegre, colorido, cheio de ritmos dançantes.
A introdução, nesta versão de Kleiber com a majestosa Orquestra do Concertgebouw, vai até os 3m51s. Até que a flauta começa a tocar o grande, o incrível tema principal da sinfonia.
O momento em que o tema entra é de dar arrepios. É de sair dançando. É de querer ouvir todo dia, pra ficar mais alegre.
E o primeiro movimento inteiro é marcado por essa volta ao tema, sempre com pique, com alegria. E cada vez dá impressão que é melhor do que a anterior.
Como no grande momento a partir de 7m36s. Que parece que a orquestra vai decolar, de tão leve e bonito que é.
Ouça aí quem quiser. E no próximo post eu falo sobre forma sonata.
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