O romancista norte-americano Paul Auster começou a carreira escrevendo um livro sobre sua relação com seu pai e com seu próprio filho. O livro se chama “A invenção da solidão”, e já foi alvo de um post por aqui, um ano e pouco atrás (e o blog sobreviveu a todo esse tempo!).
Agora, Auster está, três décadas depois, lançando uma espécie de continuação do livro. O primeiro era sobre a morte do pai. Este agora, “Winter journal”, algo como “Diário de inverno”, é sobre a morte de sua mãe. Num caso como no outro, claro, é também em parte uma biografia do próprio romancista.
A crítica anda dizendo que não é tão bom quanto o primeiro. Supostamente, os trechos em que Auster trata de contar histórias da família e de si mesmo o livro anda fácil e segue no mesmo nível de sempre. O problema, segundo o “New York Times”, é quando ele tenta filosofar demais, dizendo que quer fazer uma “fenomenologia da respiração”, ou algo assim.
De qualquer jeito, para os milhares de fãs de Auster, a notícia é boa: há quem diga que seus livros de ficção são a melhor parte do que ele escreve. Nessa categoria se encontra o grande amigo Irinêo Netto, por exemplo. E a publicação de mais um livro do gênero deve deixar muita gente curiosa.