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Como disse aqui antes, Marcelo Sandmann, grande poeta curitibano, fez a inusitada gentileza de mandar dois poemas inéditos em livro para o blog.
Sandmann é autor de dois livros de poemas (Lírico renitente” e “Criptógrafo amador” e prepara, ainda sem data, o lançamento de um terceiro volume que provavelmente terá esses dois espécimes que saíram por aqui.
O primeiro pus na semana passada. Agora, outro bem mais ousado, sobre Frank Zappa. Aliás, até seria estranho um poema sobre Zappa que não fosse mais ousado, dado o estilo do próprio objeto do poema.
Veja aí:
UNCLE ZAPPA (I)
1965, Cucamonga,
Studio Z.
Un pachuco bigodudo,
his “buxom
red-haired” girlfriend,
presos
em flagrante,
caídos na esparrela
de um certo
sargento Willis
(San Ber’dino vice squad).
Ao ouvir as
“provas” do crime,
o juiz chorou
de rir:“How
could you be such a
fool?”
Mas a Lei não
brinca em
serviço:
não é mocinho,
é bandido.
10 dias de
confinamento,
forty-four and one shower,
40 graus,
Tank C.
E na tigela de alumínio
que trazia o
desjejum:
la cucaracha!
(ein ungeheueres
Ungeziefer).
“Phoney, mendacious, shallow
and ugly”,
THE AMERICAN
WAY OF LIFE
ya no
puede
caminar.
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