Ok, semana passada fiz aqui uma possível lista dos grandes compositores de música erudita do século 20. Teve uns poucos comentários. Acho que tem a ver com fato de que pouca gente curte música recente mesmo (música erudita de depois de Debussy, digo).
Mas, hoje, o assunto é música popular. E a pergunta é: quem foram os nomes que marcaram definitivamente a música do século 20. Veja bem: estamos falando de influência, importância. Quem mudou mais. Não se trata tanto de gosto pessoal.
Acho que uma primeira constatação é meio óbvia. Os Beatles têm que estar na lista. Para mim (e acho que não sou só eu), foram eles que levaram o rock, a música pop, a um outro nível.
Discos como Sgt. Pepper´s, o Álbum Branco e Abbey Road têm músicas geniais e influenciaram toda a música pop de depois disso. Não consigo imaginar nenhuma outra banda, mesmo as que normalmente servem de comparação (Stones, U2, Queen), que chegue perto do que eles conseguiram.
No mundo do rock, em influência, acho que só quem chega perto é Elvis Presley, até por ter vindo antes, e ter causado febre parecida. Copiou a música dos negros da época e criou um novo tipo de ícone.
Claro que você pode ter outras preferências, de Hendrix e Janis a Led Zeppelin, passando por Bob Dylan. Os punks, embora não seja fã, admito, mudaram algo. Mas acho que Beatles e Elvis continuam no topo dessa lista.
Do outro lado, temos o jazz. E aí sim a lista é interminável. Louis Armstrong, Sidney Bechet, Benny Goodman, Ella Fitzgerald, Keith Jarret, Wynton Marsalis…
Mas acho que, se tivesse que escolher uns poucos, a lista começaria com Duke Ellington, passaria por Billie Holiday e chegaria a John Coltrane e Miles Davis. Será?
A terceira grande escola de músicos no século foi a da canção popular. O grande nome na Europa talvez seja o de Edith Piaf. Nos EUA, acho que não há dúvida sobre Frank Sinatra. Entre os compositores, eu acho que Cole Porter poderia ser o escolhido.
E, uma pergunta sobre nós mesmos: algum brasileiro entraria nam lista? Pessoalmente, acho que o samba acabou ficando mais como coisa nossa. O único nome que teve peso para mudar alguma coisa ultrapassando o Oiapoque, me parece, foi o do inventor da Bossa Nova, Tom Jobim.
Deem palpites.
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