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Quem “pensou” o século 20?

Montagem com foto arquivo / Gazeta do Povo
Albert Einstein: será ele o gênio do século 20?

Essa talvez seja a última e uma das mais importantes listas que o blog fez sobre as pessoas que mais mudaram o século 20. é para tentar listar quem mudou o modo de pensar das pessoas durante os últimos 100 anos.

Tenho impressão que dois nomes se destacam acima de todos os outros. E, curiosamente, nenhum deles era filósofo de profissão. Um era físico. E o outro, psicanalista.

Albert Einstein foi o sujeito que ensinou a todos nós que a mecânica de Newton, uma das descobertas mais importantes de todos os tempos, tinha falhas. Bolou a teoria da relatividade e fez com que nós todos revíssemos conceitos importantes.

Foi certamente o nome mais importante da ciência am muito tempo. E nos ensinou de novo a duvidar de grandes dogmas de pensamento que estavam firmados. Não apenas fez com que “relativizássemos” tudo. Mostrou que o mundo não é como a gente pensa, é muito mais complexo.

Freud é outro do mesmo gênero. Sua revolução, no entanto, foi sobre o conhecimento que temos de nós mesmos. A psicanálise não apenas trouxe alívio para as dores de muita gente. Moldou o nosso modo de pensar sobre o ser humano.

A ideia de um inconsciente marcado por traumas, pelos acidentes da infância, a ideia de nossos desejos reprimidos nos forçarem sem que soubéssemos a agir de determinadas maneiras é um dos insights mais brilhantes do século.

É claro que houve filósofos importantes. O que mais mudou o século, acho, viveu ainda no 19. Nietzsche foi a base da contestação, do niilismo e até do cinismo que ganharam força no século 20.

Sartre foi outro grande revolucionário. E embora se discuta hoje se foi ou não original, o fato é que influenciou uma geração de contestadores nos anos 1960, falando na revolução socialista e numa maneira mais crítica de ver o mundo.

Há tanta gente importante que é difícil listar. Wittgenstein e Foucault criticando a filosofia tradicional. O grande John Rawls pensando num novo tipo de sociedade pós-marxista. Toda a tradição da Escola de Frankfurt…

Paulo Francis costumava brincar que, tudo medido, tudo pesado, o pensador mais importante do século foi Benjamin Spock, aquele autor de livros sobre como criar os filhos…

Mas na verdade na área de educação também houve nomes importantes. Inclusive tendo na lista (com que destaque?) o sujeito que recentemente foi escolhido como o maior intelectual brasileiro, Paulo Freire.

Por último, mas não menos importante, há os nomes das ciências sociais aplicadas. Max Weber provou por A + B que era possível aplicar o método científico ao estudo de nossas relações sociais, e foi a base de um novo mundo.

Na economia, duas vertentes se digladiaram durante todo o século, chegando até nós. De um lado, Hayek dizendo que os mercados precisam ser livres e os governo, pequenos. Caso contrário, estamos no “caminho da servidão”.

De outro, igualmente gigante, Keynes, dizendo que o Estado precisa ser grande e interferir na economia, e nada de deixar que os mercados se autorregulem.

Freud, Einstein, Wittgenstein, Sartre, Keynes… É uma bela lista. Mas certamente deixa muita gente boa de fora. Alguém quer dar palpites?

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