“A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos. Dê toda a sua atenção para a formação do caráter de seus filhos, sobretudo por meio dos exemplos de sua própria vida. (…) Viva de tal forma, que seu filho possa orgulhar-se de você, vendo em seu exemplo o modelo que ele deve seguir para ser um homem de bem” (Minutos de Sabedoria)
Conversando com meu filho…
“07 de janeiro de 2002…
Querido filho, estamos nos preparativos finais para recebê-lo.
Cheguei à Maternidade Curitiba um pouco antes das nove, demos entrada nos documentos, fizemos toda a parte burocrática e encaminharam-me para a enfermaria.
São 9h23min e já estou aqui, sentadinha e quieta aguardando a nossa vez.
A Dra. Marina acabou de passar aqui para pegar nossa carteirinha de pré-natal.
Mostrei a ela as fotos que fiz no último mês e ela achou tudo lindo!
Sabe, Filho, passam tantas coisas pela minha cabeça. Ainda demora um pouco para cair minha ficha.
Olho em tudo para conhecer o ambiente que estou.
O quarto da enfermaria é bem grande e com bastante claridade, nele existem seis leitos, todos com lençóis brancos e rosa.
Fico olhando essa imensidão de camas e duas estão ocupadas por outras mães que acabaram de ter seus bebês..
Elas conversam comigo, contam-me como foram seus partos e dizem-me para eu ficar tranquila, que correrá tudo bem e que daqui a pouco eu já estarei de volta no quarto.
Ambas tiveram meninos também. Acho que é de lua!
Um deles chama-se Igor e o outro chama-se Luiz Felipe… E daqui a pouco será você: Antonio!
Deram-me uma camisola do hospital para vestir, daquelas que ficam abertas atrás… Olha, Filho, estas camisolas não são nada elegantes… Ela também é cor-de-rosa e branca da cor dos lençóis.
Fui informada que levariam-me ao centro cirúrgico meia hora antes do horário marcado.
Uma enfermeira veio medir minha pressão, temperatura e também fez minha higienização.
Procedimentos normais para fazer a cesariana.
Filho, quero que saiba de uma coisa: eu estou com medo! Tento ficar calma porque tudo o que estou passando faz parte do processo da cirurgia.
A ansiedade, as preocupações com o que virá…Enfim. Respiro fundo e aguardo…
Faço minhas orações, peço a Deus que tudo corra bem.
Sua avó Ana, Tia Su e seu pai estão aqui.
Os três aguardam comigo estas próximas horas e como é bom tê-los por perto, isto faz-me sentir segura e protegida.
Seu pai ainda não decidiu se entrará na sala de cirurgia conosco, na verdade ele parece mais nervoso que nós dois juntos.
Agora vou fazer uma pausa, está bem?
Não dá para escrever enquanto você nasce, mas prometo que te conto todos os detalhes logo que eu estiver refeita da anestesia.
Filho amado, Deus nos abençoe e a equipe cirúrgica também.
Te amo muito, estamos em boas mãos, até daqui a pouco.”
Lições que aprendi…
Lembro-me que um dia antes de ir para a Maternidade, Alexandre e eu saímos para passear com minha mãe e minha tia e fomos levá-las para conhecer alguns pontos turísticos da cidade.
Fomos ao Bosque do Papa, ao Parque São Lourenço e à Ópera de Arame.
Por mais que eu estivesse bem disposta e sentindo-me bem, era preciso aquietar-me e preparar-me para minha cesariana.
Ter meu filho em Curitiba e longe da minha terrinha não me deixava muito confortável.
Queria a visita das minhas amigas, minhas tias, meus irmãos.
Queria estar perto do meu pai e da minha mãe.
Mas, do que adiantava naquele momento tanto querer?
Tudo já estava pronto e resolvido.
Minha mãe estava comigo e meu olhar agora voltava-se para o futuro com meu filho e meu marido.
Corria tudo bem até o momento de ir para a cesariana.
Não tive dores ou desconfortos. Nada.
Havia apenas um silêncio dentro de mim provocado pela expectativa do nascimento do Antonio.
Meu filho!
No meu íntimo meu coração fazia festa.
Como já escrevi, apesar da preocupação com tudo o que acontecia, sentia-me feliz!
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Agora, deixe-me trazer o tempo para domingo, 22 de julho de 2012…
É final de tarde e estamos todos em casa.
Desisti de ficar sozinha no escritório e fui sentar-me na cozinha.
Peguei uma pilha de livros sobre filhos, família, para folhear e escolher qual será a frase ou o pensamento de abertura deste texto que logo publicarei no meu blog.
Antonio e Alexandre assistem TV e estão rindo às gargalhadas.
Fazem piada um com o outro, brincam, interagem como dois bons amigos.
Eu, no meu canto, só escuto e observo.
Lembro-me de nossa história e de como desejei ter este filho.
Não canso de dizer que Antonio é um menino lindo, amado, um companheiro.
Está com 1,40m de altura e penso que no próximo ano estará do meu tamanho.
Sua voz é grave e forte e destoa da maioria dos meninos da sua idade.
Construimos nestes anos amizade, afeto, respeito e como deixar de ter nossos pequenos segredos também.
“ – Mãe, isto é só meu e seu!”.
É o que diz quando conta-me algo mais sério e fico satisfeita quando deposita sua confiança em mim.
Relacionamentos, sejam eles familiares ou não, são construídos com amor e paciência e um tempero essencial chamado tempo.
O amor não nasce pronto e a paciência é um exercício que se pratica todos os dias porque a todo momento somos convidados a testá-la em nós primeiro.
No lar, nosso “pit stop” mais demorado, é onde recebemos as primeiras lições e delas tiramos o aprendizado.
Se é pelo amor ou pela dor, a escolha caberá a nós quando adquirirmos consciência a respeito da responsabilidade e cuidados que deveremos ter um com o outro.
“Somos parceiros pelo compromisso emocional.
Estamos irremediavelmente ligados uns aos outros.”
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Deus te abençoe.
Que seu dia seja lindo!
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