“Há uma diferença entre desejar algo e estar pronto para recebê-lo. Ninguém recebe se não acredita. Precisa haver um estado de crença, e não de simples esperança ou vontade. Deixar a mente aberta é essencial para crer. Mentes fechadas não inspiram fé nem coragem.”
(Napoleon Hill)
Conversando com meu filho…
(Estou Grávida!)
“19 de abril, data da última menstruação.
23 de maio, nada! Nem um sinalzinho. Será?
29 de maio: “Parabéns”, disse Ângela, a moça do laboratório, “deu positivo!”
Desliguei o telefone. Eu estava no escritório. Esperei o resultado naquele dia contando todos os minutos e segundos. Seu pai aguardava ansioso junto comigo, corri para abraçá-lo e disse emocionada que estava grávida! Fizemos uma festa com o pessoal do escritório!
Seu pai e eu ficamos super felizes e abobados com a notícia, começamos a ligar para toda a família para contar a novidade. Primeiro os avós, depois irmãos, e a notícia foi se espalhando. Eu ria feito boba, e como toda futura mamãe me imaginando barriguda, levando orgulhosa o meu bebê de um lado para outro.
Foram alguns dias assim, dando e recebendo telefonemas. Queríamos contagiar toda a família e nossos amigos com a alegria de sua chegada. “
Lições que aprendi…
Passada a semana da euforia, uma nova expectativa se formava: aguardar a 12a. semana de gestação para fazermos o primeiro ultrason.
Naquela altura dos acontecimentos, uma das minhas preocupações era com a minha idade.
Estava com 39 anos e desejava imensamente saber se correria tudo bem com o bebê pois achava que meus cromossomos andavam de muletinhas e, na minha ignorância, temia que o bebê pudesse nascer com algum problema ou alguma deficiência.
Para vocês terem uma idéia, certa vez, antes mesmo de acontecer a gravidez, num destes exames de rotina que nós mulheres costumamos fazer, um outro médico me aconselhou a não engravidar. Disse que eu já estava velha para isso e que havia uma possibilidade grande do meu bebê nascer com síndrome de down ou com má formação. Imaginem como saí do consultório ! Eu, que a vida toda esperei apoio médico para a realização desse momento, vi-me totalmente desaconselhada a sequer tentar.
Acontece que nós, incluo pai e mãe, apenas desejamos filhos saudáveis, não estamos preparados emocionalmente para educar uma criança especial. Isto exige uma grande dose de coragem, amor, resignação e acima de tudo humildade para entender e aceitar este filho em quaisquer condições que nascer. Aprendi uma lição muito valiosa enquanto tudo isto acontecia, que filhos especiais só nascem de mães especiais. Especiais demais para cuidar deles.
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