Oi mãe…
Bom dia minha linda!
Saudades de você.
Aliás, todos os dias sinto sua falta.
E quando você não me liga fica faltando alguma coisa durante o dia… Te amo muito, viu?
E é assim… Dia sim, dia também, quando uma não liga, a outra já corre ligar.
Ontem, véspera do dia das mães, quis perguntar à minha mãe como nasci, como foi o parto, suas dores…
Leio tantas histórias lindas, tristes ou dramáticas a respeito deste dia.
Leio histórias de outras mães e me emociono com elas, mas hoje, (abrindo um parênteses no Diário), peço sua permissão para escrever um pouco sobre a minha.
Ela se chama Ana, um nome lindo e é a décima filha de 12 irmãos.
Miudinha, pequenininha nos seus 1m50cm ou menos…
Namorou meu pai desde menina, casou-se com ele em dezembro de 1960 e quando nasci ela tinha 20 anos.
Sou a mais velha de três irmãos e vim ao mundo em 20 de outubro de 1961.
Minha mãe conta que sua gravidez foi tranquila mas teve muitas dores na hora do parto e que foi difícil me fazer nascer.
Naquela época, apesar do meu pai trabalhar na farmácia de propriedade de um médico, o Dr. Caetano, em Primeiro de Maio, eu nasci em casa, no distrito de Ibiací, com a ajuda da tia Antonia, sua vizinha e pelas mãos da vó Jordelina, parteira, baiana, negra e brava como ninguém.
E assim, com elas e por elas eu nasci.
Com um ano de idade, nos mudamos para Primeiro de Maio.
Durante minha vida, tive sua companhia nas convesas na varanda da minha casa e contava com sua ajuda para fazer minhas tarefas.
Lembro-me do cheiro do café todas as manhãs. E por isto não abro mão dele até hoje.
Dos banhos que me dava, do uniforme quando me trocava para ir à escola.
Lembro que eu ficava em pé na cama e era da altura dela! Uma gigante!
Das broncas, de algumas palmadas.
Das festinhas de aniversário que fazia para mim e para minha irmã, dos pés-de-moleque que ela preparava.
Do doce de leite cortado na pia, da torta de banana com suspiro, do doce de figo, sagu… quantos doces deliciosos!
Era assim, pois minha casa vivia cheia de gente.
Amigos, primos e tios que vinham nos visitar ou mesmo morar para estudar, viajantes que meu pai eventualmente trazia para “filar uma bóia”.
E fora isto, meu pai de vez em quando “adotava” alguém para ajudar e trazia para viver conosco. Sem contar que algumas das empregadas que tivemos também moraram em casa!
Era muita gente, não é mãe?
… Mãe, aprendi a amar você com maior intensidade na maturidade. Quando as muitas experiências desta vida me fizeram voltar ao seu colo para sentir o seu afago, para ter o seu carinho.
Aprendi a aceitá-la como é.
No seu jeito, do seu jeito.
Na sua casa, respeito sua rotina.
No seu falar me calo para ouvir e pensar.
Sua presença em mim se faz leve, sem dramas e sem mágoas, uma relação bem resolvida.
Seu amor é uma certeza, sua casa, um porto seguro, seu abraço um recanto onde posso descansar e me refazer.
Esta é a mais simples e pura verdade.
E sei, mãe, que quando eu precisar, quantas vezes isto acontecer, se eu tiver ou não lágrimas para enxugar, alegrias para repartir, novidades para contar, mesmo estando aqui e você aí, todas as manhãs, ou quase todas elas, entre sete e oito da manhã, o telefone vai tocar para eu ouvir:
“- Oi filha, tudo bem aí? Só liguei para saber como você está.”
Simples assim…
Te amo, mãe. Deus te abençoe.
Feliz dia das mães.
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