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“Especificamente para as grávidas, um recado formal: converse com a “pessoa” que está no seu ventre.
Diga-lhe que a ama, que a espera de coração aberto, que conte com você em tudo aquilo que for possível. Acaricie-a mansamente, com as mãos.
O magnetismo do amor se transmite facilmente, como energia positiva a escorrer pelos dedos. “
(Do Livro: Nossos Filhos São Espíritos – Hermínio C. Miranda -cap.12)

Conversando com meu filho…

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“28/12/2001

Filho,
no dia 26 fomos visitar a Dra. Marina com o ultrason na mão.
Você está crescido, a placenta está madura e isto significa que seus pulmõezinhos estão quase bons e você está se preparando para chegar.
Tanto que a Dra. Marina marcou dia 07 de janeiro para fazer cesariana.

Não faremos parto normal por uma questão de segurança para nós dois, isto é, esperar pelas contrações e o momento de um parto normal implica em corrermos risco de vida. Portanto, pelo estágio que a gestação está e pelo seu desenvolvimento é melhor completarmos 38 semanas para um parto mais seguro para nós.

Quando a Dra. disse que você nasceria antes, comecei a chorar emocionada e ela ficou assustada pensando que havia me falado alguma coisa que me trouxesse uma lembrança triste.
Ela chamou o seu pai, a Noelise me abraçou e só depois de alguns minutos consegui dizer que o choro era de emoção e ela ficou mais aliviada.

Depois chegou a ser engraçado porque a Dra. lembrava e ria com medo de ter feito alguma coisa que houvesse me chateado.
Coitada, ela ficou super preocupada!
Fiquei feliz em saber o dia da sua chegada, seu pai nem tinha palavras!

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Esta semana, estamos nos últimos preparativos com seu quarto.
Ainda tenho alguns dias de trabalho para deixar tudo em ordem na empresa, aí sim, vou ficar tranqüila para esperá-lo.

Ontem seu irmão viajou sozinho para Londrina para passar as férias na casa da sua avó Regina.
Ele estava preocupado e ansioso com a viagem, mas tudo correu bem e seus primos de Maringá, Pedro e Bárbara, estarão lá. .
Sua avó nos disse ao telefone hoje pela manhã que estão todos bem.

Hoje também a sua tia Ana, tio André, Affonso e Mariana passaram aqui para nos deixar um presente.
Eles estão indo para o Capri, em São Francisco do Sul, para passar o Ano Novo.

Sua avó Aninha virá no próximo final de semana e a Tia Ana nos visita até o final do mês.
Esta semana será de muita expectativa e eu volto a “falar” com você depois.

Um beijo, meu filho. “

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Lições que aprendi…

Passei o Natal de 2001 com Alexandre e Gregório, em casa, numa ceia simples, apenas nós três.
Sabia e esperava que o Natal do ano seguinte seria diferente… com certeza.

Depois que o Gregório foi para a casa da avó Regina, Alexandre e eu ficamos em Curitiba aguardando a chegada do Antonio em contagem regressiva.

Lembro-me de como foi o nosso “reveillon” naquele ano.

A noite, embora quente, estava muito agradável.
Morávamos num apartamento e da sacada, tínhamos uma vista livre para ver os fogos que cintilavam no céu.

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Estávamos os dois olhando a noite e ouvindo os fogos de artifício que pipocavam a cada minuto num ponto da cidade.
Ficamos ali abraçadinhos, quietos com nossos pensamentos e desejando que tudo corresse bem…

De alguma forma sentia-me segura, tranquila, em paz.
Estávamos apenas há uma semana de Antonio nascer.
Tudo estava pronto. Eu sentia-me feliz.

Pegando carona numa história…

Talvez você já a conheça, mas esta é mais uma das histórias que li e ouvi enquanto esperava Antonio… boa leitura:

PAIS MAUS

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(Dr. Carlos Hecktheuer- médico psiquiatra)

“Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

– Eu os amei o suficiente para ter-lhes perguntado aonde vão, com quem vão, e a que horas regressarão.

– Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.


– Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar os doces que tiraram do supermercado, ou revistas, do jornaleiro, e fazê-los dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem, e queríamos pagar”.


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– Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.


- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver, além do amor que eu sentia por vocês, o meu desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.


- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.


– Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para lhes dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até me odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci… Porque, no final, vocês venceram também!
E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:

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“Sim, os nossos pais eram maus.
Eram os piores do mundo.

As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas.
As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistiam em que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade, e apenas a verdade.

E, quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.

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A nossa vida era mesmo chata!

Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos até os 16 para chegar um pouco mais tarde; e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos, ao voltar).

Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, roubo, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por crime algum.

FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!
Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos PAIS MAUS, como eles foram”.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE:
NÃO HÁ PAIS MAUS O SUFICIENTE!

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Deus te abençoe. Tenha um bom dia.

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A proposta do DIÁRIO DE ANTONIO é a de um livro virtual.
Você poderá ler os assuntos alternadamente ou acompanhar desde o início capítulo por capítulo.

Você também poderá ler outros textos que publico no blog
Sal de Açúcar

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