“Os homens verdadeiramente maduros são aqueles que nutrem o sentimento de gratidão.”
(Divaldo Pereira Franco)
Conversando com meu filho…
“Segunda-feira, 06 de junho de 2005.
Oi filho, estamos assistindo “Os Padrinhos Mágicos” é um desenho bem engraçado que gostamos de ver.
Hoje pela manhã, depois de tomar café, eu disse a você que iria fazer minhas orações.
Para minha surpresa, você quis fazê-las junto comigo.
Ficou sentado no sofá e perguntou-me se “o Jesus estava dentro do livro que eu estava lendo”.
Disse a você que a história dele estava escrita ali.
E para que você pudesse fazer as orações comigo, eu lia em voz alta e você ouvia quietinho como se entendesse tudo.
Ontem à noite brincamos tanto de pular na minha cama que eu cheguei a chorar de tanto rir.
Foi muito divertido!
Gosto destas brincadeiras, nós dois nos acabamos de tanta trapalhada.
Você dizia que queria dar beijo de novela e colocava um travesseiro na nossa frente para nos esconder do seu pai.
Adoramos brincadeiras de abraços e você, quando está mais dengoso, pede para que eu faça massagens nas suas pernas e nas suas costas.
Depois, é a minha vez, você bem que tenta massagear as minhas costas mas a massagem não dura mais do que trinta segundos.”
Lições que aprendi…
Neste último final de semana, tive a oportunidade de participar de um grande evento.
Nele, foram proferidos seminários e palestras onde, em uma delas sob o tema: “A Psicologia da Gratidão”, pude ouvir que a “gratidão é a assinatura de Deus no coração humano”.
Em outra, ouvi, num momento de descontração proporcionado pelo orador, que para você sobreviver nesta vida é preciso dar 4 abraços por dia.
Para você ter uma vida razoável, você precisa dar 8 abraços por dia e para você ter uma vida realmente boa, precisa dar 16 abraços por dia!
Quando contei a história dos abraços para o Antonio ele logo correu para me dar os 14 abraços que faltavam dar no dia.
Disse a ele que parasse para deixar um pouco para o seu pai…Mas não adiantou.
Fui literalmente “amassada” 14 vezes!
Agradeci amando tudo aquilo e ultimamente a palavra que mais tenho exercitado é: obrigada!
Ou, quando “piso na bola”, sou eu quem se apressa a dizer: sinto muito, desculpe-me.
Mas, por enquanto, sinto que há mais “obrigada” do que “sinto muito”.
Por qualquer atitude ou gentileza, por menor que ela possa parecer, obrigada.
Pelo sorriso gratuito das pessoas quando ando na rua…Ou por me darem passagem no trânsito.
Obrigada por me ligar, me mandar um e-mail, por algo que me disse e que talvez nem se lembre mais, mas que fez toda a diferença para mim e na minha vida.
Palavras que foram e são oportunas, palavras necessárias.
Obrigada por me ouvir ou ler-me, deixar-me conversar com você por entre as letras que escrevo ou pessoalmente.
Agradeço, todos os dias aos meus pais que me deram a vida.
Pelos irmãos que pude ter.
Pela família numerosa que foi colocada no meu caminho.
E os amigos, quantos ainda faço e quantos já pude fazer.
São como estrelas a pontuar o íntimo do meu céu, cada um com seu brilho, deixando-me segura para caminhar ao seu lado para brilhar também.
E seguir adiante como uma árvore frondosa que cresce a erguer seus longos braços ao alto para tocar as nuvens, o céu e as estrelas, para amadurecer nutrindo e abraçando o sentimento de gratidão.
Gratidão… Quem a experimenta, quem a reconhece, sente a assinatura de Deus no próprio coração.
Para ilustrar o que escrevo, e do quanto este sentimento é verdadeiro, compartilho uma velha história, que também pude ouvir o orador contar na palestra que mencionei acima.
Talvez já a conheça e espero que pense com carinho na resposta que você dará no final.
Boa leitura, Deus te abençoe, obrigada por sua companhia.
“Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã.
Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil.
Plumb foi ejetado e caiu de paraquedas em território inimigo, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.
Quando a guerra acabou, foi recebido como herói ao retornar aos Estados Unidos.
Dali em diante passou a dar palestras relatando sua história e o que aprendera na prisão.
Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
— Olá, você é Charles Plumb?
– Sim, sou.
E insistiu:
– Era piloto no Vietnã e seu avião foi derrubado, não é mesmo?
— Sim, como sabe? Perguntou Plumb.
– Eu era apenas um marinheiro que serviu no Vietnã junto com o senhor e a minha função era a de dobrar paraquedas.
E prosseguiu:
— Fui eu que naquele dia dobrou o seu paraquedas. E parece que funcionou bem, não é verdade?
Plumb quase engasgou de surpresa e com muita gratidão levantou-se, abraçou aquele soldado e respondeu
— Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje.
Conversaram, despediram-se e ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se:
“Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse bom dia?
Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro.”
Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários paraquedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.
Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia:
– Quem dobrou seu paraquedas hoje?”
Pense nisto.
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ÍNDICE- DIÁRIO DE ANTONIO
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Você também poderá ler outros textos que publico no meu blog
Sal de Açúcar
Seja bem-vindo, seja bem-vinda.
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