Metamorfose. Substantivo feminino. Mudança ou alteração completa no aspecto, natureza ou estrutura de alguém ou de alguma coisa; transformação. Mas, antes de mais nada: substantivo feminino. E não poderia ser “o metamorfose”. Como poderia? Uma capacidade inerente à realidade de ser mulher.
Profissional ou dona de casa, por vezes os dois. Dividida entre mil afazeres, galgando um espaço em uma sociedade que ainda perpetua machismo em linhas e entrelinhas. Mulheres são a metamorfose. A metamorfose do corpo que ganha seios e curvas, da história em que ganham voz e profissão, da vida ao gerarem novas gerações. Modificam-se conforme as circunstâncias, colocando em metamorfose o conceito de “sexo frágil”.
Mulheres que, às vezes, são mães – e tantas que são mais de autistas. Mães de autistas que vivem a metamorfose em seus corações e vidas e escolhem lutar pelos seus filhos. E, mesmo se todos os demais desistem, esquecem, rechaçam, permanece a mãe, em seu instinto de mulher, resistindo e persistindo, mesmo que se desmanchando aos poucos, com a certeza de se reconstruir logo adiante – porque é, de fato, mulher e, portanto, metamorfose.
Em um mundo tão machista, dizem que é melhor nascer homem. Eu sou mulher, mãe de duas meninas, e posso dizer, que mesmo imersa nesse contexto “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”.
Feliz dia da mulher.
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