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Outras dietas aplicadas para autistas

Imagem fornecida por Google Imagens sem restrição de uso. (Foto: )

Para além das dietas já mencionadas em postagens anteriores, passo a tratar de algumas outras dietas que têm sido comumente usadas no tratamento de crianças com autismo. Veja-se que as informações aqui descritas são apenas elucidativas, sendo que deve ser o médico e o nutricionista que acompanham seu filho que devem saber qual ou quais dietas aplicar (e se aplicar).  Espero que gostem.

 

Dieta de Rotação: Focada em quem possui alergia alimentar. Considerando estudos que mostram que há um alto índice de alergia em pessoas autistas, essa dieta tem sido muito usada. Há dois tipos de alergia alimentar: a que ocorre na hora e a que ocorre tardiamente (podem ocorrer sintomas em até 72h depois da ingestão), respectivamente IgE e IgG. A que ocorre na hora (também apelidada de “alergia óbvia”) tem componente hereditário, já que ocorre tardiamente (também apelidada de “alergia escondida”) varia de acordo com a exposição sendo cíclica. Vale mencionar que a maioria das alergias são IgG. A dieta de rotação ocorre da seguinte forma: a pessoa vai ingerir certo alimento em um dia, e apenas após um lapso de tempo pode ingeri-lo novamente. Por exemplo: Paciente ingere soja no dia 1 e apenas após 4 dias vai ingerir novamente (ou seja, no 5º dia de dieta). Todas as mudanças de comportamento diante de determinado alimento devem ser anotadas. São alguns alimentos que comumente causam alergia alimentar: ovo, gelatina, leite, trigo, milho, soja. Diz-se que essa é a dieta comumente direcionada pelo Dr. Sabrá. Devemos lembrar que é o médico que vai dizer quais alimentos têm que ser rotacionados e de que forma, levando em consideração o estudo clínico do paciente e exames realizados.

Dieta Feingold: Foi desenvolvida na década de 1970. Baseia-se na eliminação de todas as formas de aditivos e produtos químicos acreditados pelos seus defensores como a causa de uma variedade de doenças e distúrbios (sendo que alguns pesquisadores acreditam que as substâncias eliminadas nessa dieta podem ser fatores exógenos do autismo). A primeira etapa envolve a eliminação de todos os alimentos agressores e a segunda etapa envolve uma reintrodução de substâncias, uma de cada vez, para ver qual pode ser tolerada. A dieta vai eliminar, no momento inicial: alimentos que contenham corantes sintéticos, aromatizantes artificiais, aspartame, conservantes artificiais, (dentre tais alimentos: maçãs, morangos, uvas, laranjas, pêssegos, ameixas, tangerinas e tomates). Para maiores informações, há o seguinte site: www.feingold.com.

Dieta dos Carboidratos Específicos: A ideia é retirar os alimentos ricos em carboidratos (pães, massas, docinhos em geral) e substituir por carboidratos integrais, sob a fundamentação que eles seriam energia para os micróbios do intestino. Existem estudos apontando que algumas crianças autistas possuem deficiência de enzimas digestivas, o que levaria a uma má absorção dos carboidratos e, nesse sentido, a substituição de alimentos ricos em carboidratos por carboidratos integrais seria positiva. Geralmente, associam as mudanças alimentares a dietas ricas em proteínas. Na verdade, o ideal mesmo seria que todos nós comêssemos carboidratos integrais… Mas é tão difícil, não é?! Ainda mais restringir isso a nossos pequenos, pois não tem criança que não fique feliz com um docinho.

Dieta Antifúngica: Dizem os pesquisadores que temos cerca de 5 mil fungos vivendo de forma normal em nosso organismo. Ecaaaaaa! Fiquei horrorizada! A ideia da dieta antifúngica não é eliminar os fungos de nosso organismo, mas sim controlar o crescimento deles. O fungo no intestino é natural e, na maioria das vezes, não causa problema. Mas pode acontecer a síndrome fúngica. São alguns fatores que contribuem para essa síndrome: consumo regular de lactose, café, produtos industrializados, jejum prolongado, carboidratos refinados, leveduras (é basicamente a descrição do meu dia). São alguns dos sinais dessa síndrome fúngica: distensão abdominal, flatulência, prurido (coceira) anal, fezes em forma de flocos, coceira na garganta, náuseas e vômitos, enxaqueca, fadiga inexplicável, convulsividade, falha de memória, hiperatividade e depressões.  Ainda, alguns pesquisadores coligam a síndrome fúngica como um dos fatores exógenos do autismo. As toxinas emitidas pelo fungo causam sintomas, como alienação e embotamento mental. A dieta baseia-se principalmente em retirar alimentos que contêm fungos ou que propiciem seu desenvolvimento (como leite, açúcares, pães, frutas secas). Todavia, existem medidas outras, voltadas a recuperação da saúde da flora intestinal. Uma dica é que óleo de coco é um anti-fúngico natural (Não estou dizendo que ele basta! Mas é uma ajuda).

Você conhece alguma outra dieta utilizada no tratamento do autismo? Divida conosco!

Grande abraço a todos!

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