O quadro de metas é uma ferramenta bem interessante. Você define uma meta e garante a premiação cada vez que a criança realiza aquela atividade ou cumpre aquele objetivo. Quando a criança cumprir aquele objetivo um determinado número de vezes e preencher o quadro de metas, ela ganha um reforço, um presente, algo que você tenha combinado com a criança.
Vou mostrar como uso o quadro de metas com minhas duas filhas, tanto com a Gabriela que tem autismo, tanto com a Débora é neurotipica. Por exemplo, eu quero que a Gabriela cumprimente as pessoas espontaneamente quando chega em casa. Ela tem que fazer isso 30 vezes para ganhar alguma coisa. Cada vem que ela chega ou alguém chega, eu coloco a ficha do quadro de metas na frente dela e vou junto com ela cumprimentar todo mundo. Ajudo-a a saber o que dizer e vou dando os modelos.
Após cumprir uma vez o quadro inteiro, vou aumentando a dificuldade, por exemplo. Não vou dando mais os modelos e ela tem que saber o que falar. Aí vai da percepção de até onde você sente que pode exigir. A questão é meio que você induzir que sempre a criança faça o certo a ganhe a ficha (embora às vezes ela não faça e não vá ganhar). É preciso que, quando ela preencher, você cumpra a promessa e cumpra rápido ou perde o sentido.
Já com a Débora eu pego mais no comportamento. Como, por exemplo, comer toda a comidinha, ajudar a arrumar o quarto. Mas, no caso da Débora, como sua compreensão é mais ampla, eu inseri o fato de retirar uma ficha caso ela realize certo comportamento inadequado (por exemplo, gritar com a mãe).
Você pode fazer do quadro uma variação, que é a “bolsinha de sair”. Eu estruturo quais são as metas do passeio e o que não pode fazer. Por exemplo: vamos ao shopping, vamos à livraria, depois vamos comer alguma coisa, depois vamos à loja de brinquedos; não pode sair correndo, não pode largar a mão da mamãe, não pode gritar. Fez a coisa certa? Ganhou uma moeda. Não fez? Perde. Depois, pode usar as moedas para comprar um doce. Mas isso deve ser bem pensado e você deve conhecer muito bem a situação para não colocar metas impossíveis, nem ridiculamente fáceis.
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