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Escuto de todos os lados que uma hora ele vai desenrolar a língua, falar tudo certinho. Mas para mim, todo esse processo é doloroso. José já começa a sofrer com o bulling dos coleguinhas — sim, isso existe numa sala de crianças fofas de apenas 4 anos.

Eles tiram sarro porque o José não fala corretamente.E ele choraminga que não quer ir a escola porque não é muito bom em falar. Fico preocupada. Choro escondida ao lembrar das lágrimas dele ao contar isso.

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Penso na etapa do escrever. A meta é que esteja tudo bem até lá, por volta dos 5/6 anos. Mas será que estará?

Fico me questionando se não demorei muito a procurar ajuda profissional. Perguntei por vezes às professoras, ao pediatra, o que achavam. Diziam para esperar, que ele ia se desenvolver. De fato, em muito a fala do José melhorou. Mas as palavras continuam enroladas. Não saem claras. E quando a história é longa e ele está ansioso… Xiiii, fica difícil de entender.

No fim do ano passado fomos a uma fono, mandou tirar chupeta, mamadeira, que eu mudasse o horário do trabalho. Também mandou a gente procurar um psicólogo, para avaliar se o José não tinha hiperatividade — ela achava que sim. Desistimos dessa fono.

De qualquer forma, a chupeta foi embora com o papai Noel e a mamadeira com o Coelho da Páscoa. O horário do trabalho mudou um pouco, mas ainda continua fora dos padrões normais. Encontramos uma fono que também é psicóloga. Ela sentenciou: José é agitado, não hiperativo — um alívio para o coração aflito de mãe.

Agora, a vida é de exercícios. É um tal de imitar o som da abelha, da chuva, do cavalo e de fazer caretas — tem a velhinha banguela, o beijinho apertado, o estica e puxa o bico de peixe. E cada palavra, minimamente bem falada, é comemorada como uma grande conquista. Uma conquista dele, e também para nós.

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E por aí, como foi o processo da fala dos seus filhos?