Mulheres em diversas cidades do país foram às ruas neste fim de semana para protestar pelo direito da grávida de escolher ter o filho em casa ou no hospital. O motivo do protesto foi o pedido feito pelo conselho Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro à entidade paulista, o Cremesp, para punir o obstetra Jorge Francisco Kuhn. Em uma reportagem do Fantástico no domingo retrasado, o médico disse que o parto domiciliar é possível, desde que em caso de gravidez de baixíssimo risco.
Particularmente, eu não teria um filho em casa. Quando engravidei do José Fernando eu já tinha uma certeza: se tudo corresse bem, esperaria a hora dele e tentaria um parto normal. Até cogitei a possibilidade de não usar analgesia – no fim das contas, resolvi ir apenas até o meu limite de dor antes de pedir uma anestesia. Mas ter o meu filho em casa estava fora de cogitação.
No entanto, não tenho uma posição definida sobre o assunto. E pela reação do Conselho Regional de Medicina do Rio, acredito que nem mesmo o meio médico tem. Não existem muitas pesquisas comparativas entre riscos e benefícios de parto domiciliar e o realizado no hospital. Quem defende o parto domiciliar afirma que há dados que mostram que os riscos são praticamente os mesmos. Mas também existem pesquisas que indicam que a taxa de mortalidade neonatal é até três vezes maior em partos domiciliares quando comparada aos realizados no hospital.
A única certeza que eu tenho sobre essa questão –- e acredito que os médicos também — é que um parto domiciliar só pode ser cogitado no caso de uma gravidez sem problemas e com um ótimo acompanhamento pré-natal. De qualquer forma, eu ficaria receosa. Fatos inesperados podem ocorrer durante um parto, mesmo no caso de um gestações de baixo risco. Então, por que deixar de lado a segurança da assistência médica possível em um hospital?
Qual a sua opinião sobre parto domiciliar? Teria um filho em casa? Por quê?
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