Aguenta coração

Viajo neste fim de semana a trabalho – ok, é uma viagem pelo caderno de Turismo para um resort no Nordeste, mas é a trabalho –, e já começo a perder o sono. Não será a primeira vez desde que o José Fernando nasceu que ficaremos mais de uma noite separados. Quando ele tinha menos um mês de vida, tive de ser internada às pressas para fazer uma cirurgia, mas 48 horas depois eu estava em casa. Além disso, minha mãe estava aqui para cuidar do meu pingo de gente. Agora a situação é bem diferente. Estaremos distantes 3.541 quilômetros, eu ficarei fora por QUATRO dias e nada de vovó para cuidar do pequeno.

Isso faz acender o alarme DESESPERO materno. Assim que topei o convite comecei a planejar uma operação de guerra para poder deixar o pequeno por aqui aos cuidados do pai – e da creche e da babá. O planejamento inclui deixar um estoque de fraldas, produtos de higiene do bebê e as comidinhas dele. As roupas têm de estar todas em ordem – tudo lavado, passado e guardado no armário de acordo com a ocasião e as condições climáticas. Na agenda ainda incluí separar tudo que vai na bolsa da creche na segunda-feira. E claro, uma agenda com todas as rotinas anotadas para não haver dúvida.

Assim temo um planejamento de uns 15 dias para ficar quatro fora. O mais difícil, porém, está sendo preparar o coração. Fico imaginando quando chegar o dia dele viajar, dormir na casa de um amiguinho pela primeira vez ou ir passar as férias na casa da avó. Será que meu coração de mãe sobrevive a tanta saudade de um fim de semana de distância?

E aí na sua casa, como foi a primeira viagem sem o seu bebê? Conta ali nos comentários.

Obs.: Passei quase dois meses ausente por motivos de trabalho, mas agora estou de volta. Nesse meio tempo, muita coisa aconteceu. O José completou dois anos, passamos por alguns momentos de extrema birra e uma fase complicada com a alimentação. Prometo contar tudo com detalhes ao longo deste mês.

Obs 2.: Também estou devendo um texto sobre o Dia das Mães. Sai algo nesta semana, eu acho.