Dia desses uma amiga estava com dúvidas sobre quais brinquedos comprar para o seu filho, um lindo bebê de quase quatro meses. Ela reclamava do preço dos itens e de como eles são caros aqui no Brasil. De fato, brinquedos de bebês são muito caros. Um chocalho, por mais simples que seja, não costuma sair por menos de R$ 20 e aqueles ginásios de atividades? Estão por quanto? Uns R$ 300 o mais barato? E no fim, sabe do que eles mais gostam? Da caixa em que o brinquedo estava, dos potinhos da cozinha ou de garrafas plásticas.
Então, eis minha opinião sobre brinquedos para bebês: a maioria deles não vale quanto custa, principalmente nessa fase de recém-nascidos. A única exceção, pela minha experiência com o José, são os móbiles – que devem ser de pano e sem peças pequenas, afinal, vão ficar logo acima da cabeça do bebê. O José ficava encantado com o do berço dele e logo começou a querer alcançá-lo. Nunca esqueço o rostinho dele no dia que conseguiu pegar um dos carrinhos que ficavam pendurados. Era a verdadeira expressão da conquista.
Mas, no geral, o melhor brinquedo para os pequenos são papai e mamãe. Quando o José passou a ficar mais durinho e começou a querer rolar, eu aproveitava as tardes dos últimos meses de licença maternidade para incentivá-lo na nova atividade. Depois de aprender a rolar, o José logo começou a engatinhar e aí foi o momento que o mundo passou a ser um enorme parque de diversões. Qualquer coisa despertava o interesse do José. Principalmente as pequenas tranqueiras cotidianas, como grampos de roupa, tampas de panela, rolos de papel higiênico. Então ele começou a andar e chegou a fase da bola – que nunca mais passou.
Para brinquedos mesmo o José só começou a dar importância depois dos 18 meses. Foi quando ele passou a se interessar por blocos de encaixar, carrinhos, quebra-cabeças e bonequinhos. Isso não excluiu o interesse pelas tranqueiras – os potes da cozinha e os grampos de roupa continuam entre os favoritos. Mas carrinhos e Cia também despertam o interesse. Outro dia fiquei alguns minutos observando ele passeando com um fusquinha pela casa, fazendo de conta que todo aquele espaço era uma grande estrada.
E sobre os eletrônicos? O José adora joguinhos de celular, já chora para jogar vídeo game e, se você deixar, o ipad também entra na roda. Eu sou meio contrária a esses jogos eletrônicos para bebês. Tanto que estou resistindo a comprar um desses para o José. Não faço a linha “hippie”, mas acredito que bebês têm de brincar com itens mais palpáveis, de maneira que eles criem as próprias brincadeiras e desenvolvam a coordenação motora com atividades diversas.
Então, voltando ao começo da conversa. Depois de dois anos e dois meses nessa vida de mãe, cheguei à conclusão de que não é preciso gastar com brinquedos caros para fazer os pequenos felizes ou mais espertos. O mundo por si só já tem muitos itens que ajudam as crianças a se desenvolverem. E se a gente ajudar, virando um pouco criança e brincando com eles também, o assunto já se resolve.
O site BabyCenter Brasil está com uma lista ótima com dicas de atividades para fazer com os pequenos. Entra lá e escolha qual vai ser a brincadeira do dia.