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“A gente se sente culpada. Será que vale a pena fazer tudo que se está fazendo e, às vezes, não dar para as crianças a mesma atenção que você dá a uma reunião de trabalho? O que me faz ficar mais tempo no serviço do que ficar com eles? O que isso vai ocasionar na formação deles? Isso para mim tem sido muito difícil.”

As palavras acima foram ditas pela ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil, em entrevista ao site G1 no Dia das Mães. Mas acho que elas se aplicam a qualquer mãe que trabalhe fora – seja ela o braço direito da presidente ou jornalista, vendedora, médica, empregada doméstica… Por mais que o papel da mulher tenha mudado na sociedade, a gente continua dividida entre a rua e a casa, os filhos e o trabalho.

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E não tem jeito, a culpa acaba batendo. Sempre que o José fica doentinho e o médico lembra que crianças tão pequenas ainda não têm imunidade suficiente para já estarem em sala de aula, eu saio arrasada do consultório. Quando o José me agarra no portão da creche e parece implorar para que eu não o deixe lá, eu tenho de me segurar para não virar as costas para o mundo e voltar para casa com ele.

O que me ajuda a continuar é ter uma rede de apoio – além da creche, isso inclui meu marido, uma empregada e familiares – e saber que José Fernando está sendo bem cuidado enquanto eu estou no trabalho. Além disso, tenho as manhãs livres para me dedicar apenas ao meu filho o que ajuda a diminuir um pouco toda essa culpa.

E você, trabalha fora? Como se sente quando tem de deixar o filho para ir trabalhar? Já pensou em largar tudo para se dedicar apenas a ele? Escreva!