O sexto mês de vida do bebê é um marco. São várias mudanças. A principal delas, o início da alimentação sólida. Esse é um dos momentos mais esperados por pais e mães, ansiosos por esse primeiro passo do filho na vida dos não bebês.
Quem acompanha o blog sabe que com o José a parte da alimentação é, muitas vezes, de se pedir socorro. Já com os gêmeos, a vida resolveu me dar uma colher de chá e me mandou dois comilões.
Desde a primeira frutinha, o Miguel gostou da ideia e abria um bocão. O Bento fez um drama nos dois primeiros dias, mas depois tomou gosto pela coisa. Agora, é impossível chegar perto deles com um potinho na mão sem que não haja choro — sim, eles associam potinhos à comida e fazem um baita de um escândalo se percebem que não tem nada para eles.
Com esse público de gosto descomplicado — e as papinhas prontas pela hora da morte –, acabei por me animar a arriscar muito na cozinha. Dessa forma, Bento e Miguel já tomaram sopa de quase todos os legumes disponíveis na quitanda e liberados para a idade deles. Macarrão aletria, arroz integral, aveia e até milho verde — o natural, NÃO O DE LATA — também já entram na panela. O plano para o fim de semana é fazer um bom pirão de peixe para os dois.
Para quem está começando como cozinheiro de bebês a dica para a sopa é: uma proteína (músculo, peito de frango, peixe, feijão, lentilha — lembre de conversar com o pediatra para saber o que está liberado), um alimento energético (batata, macarrão, cara, batata salsa…) e dois construtores (chuchu, beterraba, cenoura, abóbora…). Com o tempo, você pode ir variando, acrescendo mais alimentos de cada um dos grupos. Para temperar eu uso uma pitadinha de sal, meio dente de alho ralado, 1/4 de cebola branca e um raminho de cheiro verde, manjericão fresco ou alecrim — isso para uma panela que rende seis porções.
Há quem defenda a ideia de cozinhar os alimentos separados para que o bebê aprenda a reconhecer o gosto de cada um deles. Não tenho uma opinião formada sobre isso. Por hora, sigo a linha mais tradicional.
Vida doce
No quesito sobremesa, muitas invenções e adaptações. Se a pera não está macia o suficiente para ser raspada, vai ralada para a panela e cozinha um pouco para amolecer. No dia seguinte vamos passear? Não precisa apelar para os potinhos. Coloca as frutas iniciais — banana, mamão e maçã — para cozinhar no vapor. Depois, passa tudo na peneira — ou só amassa com o garfo — e temos uma deliciosa papinha de salada de frutas para animar a tarde dos pequenos.
As sobremesas lácteas também entram no cardápio. O iogurte natural com banana ou mamão maduro é sucesso. Para esses dias de frio, o preferido lá em casa é o mingau de aveia com a fruta do dia — vou variando entre banana, maçã e pera.
Segue a receitinha abaixo — rende duas porções.
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Mingau de aveia com banana
150 ml de água filtrada (ou leite, caso o bebê já tome)
1 colher de sopa de aveia
1 banana amassada
5 medidas da fórmula que o seu bebê consome (se o bebê toma leite, não é necessário)
Preparo:
Coloque na panela 100 ml de água, a aveia e a banana. Leve ao fogo brando e mexa sempre até engrossar. Desligue o fogo. Em outro recipiente, misture os 50 ml restantes de água com a fórmula e acrescente ao mingau, já com o fogo desligado. Se achar que está muito grosso, você pode colocar 30 ml a mais de água e uma medida a mais da fórmula.
Eu também faço o mingau com pera ou maçã. Nesse caso, eu descasco a fruta, passo pelo ralo fino e deixo ela amolecer um pouquinho antes de acrescentar a água e a aveia. No mais, sigo o mesmo procedimento.
—- Dê preferência para a fruta madura. Isso ajuda a fazer o mingau, e qualquer outra papinha, ficar mais saboroso.
—- Algumas vezes, eu acrescento um pouco, mas é bem pouco mesmo, de canela para dar um perfuminho. Nunca fez mal aos bebês. Mas, antes de fazer isso, pergunte ao pediatra do seu bebê se não há qualquer problema nisso.
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