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Pai e filho
| Foto:
Arquivo pessoal
José Fernando com o Emerson, num dia que ele só queria o colo do pai.

Lá em casa o plano era fazer um belo café da manhã e servir na cama para o Emerson – mais conhecido por aqui como o pai do José Fernando – junto com o presente que ele pediu de Dia dos Pais. Mas as coisas não foram bem como planejadas. José acordou no meio da madrugada bem choroso, foi para nossa cama. Como o José não ficava quieto, o Emerson foi para o quarto de hóspedes para dormir lá e tentar acordar inteiro no domingo. O resultado: em vez de ser acordado com um café da manhã, foi o papai do José quem acordou o bebê – e a mãe do bebê também.

Então, para dar uma graça à entrega do presente, resolvi colocar o livro na mão do José Fernando para que ele o desse para o pai. Mas o José gostou tanto da embalagem que não queria largar de maneira alguma. Tive praticamente de arrancar o livro das mãos dele para poder, enfim, entregá-lo ao Emerson.

Mas o verdadeiro presente do Dia dos Pais já havia sido entregue pelo José alguns dias antes. Na semana passada, ele começou a falar “papaiê” para chamar a atenção do Emerson, que fica todo orgulhoso quando isso acontece. Meu marido também fica todo cheio de si quando o José procura o colo dele na hora de dormir ou quando o pequeno cola nele e se recusa vir para mim – mesmo sabendo que é puro interesse para fazer bagunça no escritório.

É engraçado ver essa intimidade entre os dois e lembrar como era assim que o José nasceu. No começo, o Emerson tinha medo de colocar aquele bebê miudinho no colo. Só segurava o filho quando estava sentado e ficava praticamente imóvel. De fato, meu marido não tinha qualquer jeito com recém-nascidos. Prova disso são as primeiras fotos dele com o José naquela salinha da maternidade em que mostramos a criança pela janela. Para exibir José a família, o Emerson parece ter se inspirado na cena do Rei Leão em que o macaco mostra o Simba de cima de uma pedra.

Na medida em que José foi crescendo, o Emerson foi ganhando confiança em cuidar dele. Com a minha volta ao trabalho – e meu horário meio maluco –, acho que a relação entre os dois se intensificou. Durante a semana, eles têm uma rotina à noite que é só deles. É o Emerson quem sabe o horário da janta e do mamar do José e identifica que o pequeno está com sono e já é hora de ajeitar tudo para dormir – tanto é assim que, aos finais de semana, fico meio perdida e tenho que aceitar as orientações dele para o período noturno.

Eles também são cúmplices nas aventuras. No último sábado, andaram a cavalo. Ontem, foram passear numa loja enorme e o Emerson colocou José num daqueles carros gigantes para bebês. Agora, a grande expectativa do Emerson é o dia que vai poder levar o José para assistir a um jogo no Couto Pereira. Fala disso desde os tempos que José Fernando estava na minha barriga. Quem sabe será esse o presente de Dia dos Pais do ano que vem?


Obs.: Passei uma semana matutando o que escrever aqui sobre o Dia dos Pais. Acabou que a data passou e só consegui escrever algo hoje, depois de muito pensar. Espero que todos os papais tenham tido um ótimo domingo e os filhos sempre tenham dias maravilhosos com seus pais.

E na sua casa, como é a relação do seu filho com o pai dele? Como foram os primeiros dias de convivência dos dois?

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