No próximo domingo (9), será realizada a prova de Compreensão e Produção de Textos do vestibular da UFPR. Estamos preparados? Aproveitei esta última semana de estudos e analisei os últimos cinco anos de redações da instituição para ficar mais tranquilo, saber o que esperar da prova (não é garantia, porém, qualquer auxílio é válido) – e, agora, compartilho com vocês:
Até o processo seletivo de 2008/2009, o exame era constituído por sete textos, que depois, felizmente, foram reduzidos para cinco – o que, na minha visão, continua sendo muito trabalho para um curto espaço de tempo (4h30), porém, é mais tranquilo que anteriormente. Desde 2008, o gênero carta apareceu três vezes, assim como interpretação de charges/quadrinhos.
A carta deve apresentar referência ao leitor expresso no enunciado ou texto de apoio e não deve conter assinatura no final, pois viola o caráter anônimo que as redações obrigatoriamente apresentam para correção.
Transposição de texto para discurso indireto, ou seja, convertê-lo para a terceira pessoa e contar o que foi dito (sem a presença de diálogos diretos, obviamente), também é frequente na UFPR.
Presente nos últimos vestibulares, formar opinião sobre o texto do enunciado, baseado geralmente em atualidades, faz com que o aluno apresente uma boa bagagem cultural e ciência acerca dos últimos acontecimentos.
Resumo também é unanimidade neste período. Ele não deve ser elaborado com frases retiradas do texto. Deve conter as ideias do mesmo (não dê informações novas à redação)e ser escrito de maneira diversa, com suas próprias palavras. É essencial citar o autor do texto principal.
Na modalidade “dar continuidade a um texto” (cobrada quatro vezes em cinco anos), é preciso tomar cautela para manter a unidade do texto e não soar desconexo com seu início.
Como não deve existir um procedimento padrão de seleção de temas, as escolhas pouco frequentes não devem ser ignoradas, como análise poética e narrações. Além de conhecer cada gênero, o que fazer para ter uma nota satisfatória no processo?
É necessário apresentar argumentos coerentes, expressar de forma satisfatória a estrutura para cada tipo textual, domínio da língua culta (não precisa escrever como se estivesse com um dicionário do lado) e sempre se ater à proposta, com muita clareza. E, por último, mas não menos importante: escrever com letra legível! O corretor não é adivinho.
Boa prova a todos!