“Que loucura, André! Largar mão de ter um diploma de Direito? Que coragem…” (alguns querendo dizer “que burrice”)
No ano de 2011, resolvi interromper meus estudos no curso de Direito, por não estar confortável a respeito de seguir uma carreira jurídica. E muitas pessoas me falaram a frase com a qual inicio o post, muitas (mas teve também “Que inveja, me leve junto!”). Francamente? Loucura é estudar em um curso no qual você não vê futuro para si, é adquirir um diploma para ter status – a minha ideia de status difere completamente do sentido absurdo que alguns adotam para a palavra. Não me arrependo de ter cursado Direito, pois conheci pessoas que vou lembrar e carregar para o resto da vida, tanto amigos como professores. Mas se você tem outra graduação que queira seguir (no meu caso, Comunicação Social – Publicidade e Propaganda), não tenha vergonha de errar e voltar atrás, é mais embaraçoso continuar algo por puro comodismo.
Obviamente não foi uma decisão fácil, tomou-me alguns meses de desespero, angústia e autoanálise até ter certeza do que devia fazer. As matérias de formação dos primeiros anos desanimam a qualquer um, não são parâmetro para se afirmar a satisfação pelo curso; professores “chatos e ruins” também não é motivo, eles são encontrados em qualquer curso. Acredito que um bom caminho é perguntar-se em qual área você se propõe a seguir depois de formado e se possui matérias que lhe atraem. Infelizmente, no meu caso, os resultados foram negativos.
Agora é hora da preparação para a conquista: o pré-vestibular. Não é fácil enfrentar um cursinho novamente, sentir-se intimidado por achar que não faz parte mais da faixa etária da maioria dos vestibulandos, voltar e estudar os conteúdos que você deixou de estudar no mínimo há três anos… É uma tarefa complicada, mas é motivada pela vontade de querer vencer – e crescer.
É uma carga muito pesada (além de ser uma decisão precoce) ter que definir uma graduação aos 16/17 anos, determinar algo que vai nortear boa parte de sua vida. Portanto, nada mais natural do que fazer essa escolha baseada nos seus interesses, nas suas características. Lembrando também que é louvável correr atrás da segunda, terceira graduação, assim como buscar o tão sonhado diploma quando mais velho. Em resumo: nunca é tarde para se buscar conhecimento e realizar algo que lhe traga satisfação pessoal (e consequentemente profissional). Universidade é lugar para todos – quem diz o contrário não compreende o amplo conceito dessa palavra.
Boa sorte a todos! Um abraço,
André
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