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Olá, todos!

Tomar decisões nunca foi uma das minhas maiores paixões. A certeza também nunca morreu de amores por mim. A maior parte do tempo, nós duas podíamos seguir independentes, mas claro que pelo menos em alguma hora do dia nossos caminhos teriam que se cruzar. Lidar com esse encontro casual não era grande problema até o vestibular brotar na minha vida. Até a minha primeira inscrição, devo ter peregrinado pela grade de uns cinco cursos diferentes, em umas três cidades diferentes.

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Depois dos dois vestibulares que fiz ano passado, de férias traumáticas e de um começo de ano completamente sem perspectivas, tropecei no curso de Jornalismo e achei que finalmente tinha chegado a uma conclusão. Na maior inocência, tirei o elefante branco das costas e esqueci uma das partes mais importantes dessa situação: não considerei o fator “frases de efeito”. E caí na dúvida novamente.

Todo mundo conhece o fator “frase de efeito”. A frase impactante que vai fazer a pulga atrás da sua orelha voltar a incomodar. Ela pode vir de qualquer pessoa, a qualquer momento, sobre – geralmente – um assunto muito relevante na sua vida (como o vestibular). Isso que faz com que esse fator seja tão cruel: ele nunca aparece sobre uma questão banal. E faz com que você pense a respeito até sua cabeça doer. E faz você perder o sono. E faz comer mal. E faz você desejar que os outros resolvam seja lá o que for para você.

O que me pegou nesses dias e me tirou do limbo – que era ter decidido o curso para o qual vou prestar vestibular –, foi a minha mãe soltar um “não acredito que tu não vais fazer Letras” logo após uma aula que dei. Pronto. Toda uma reformulação de como a minha vida poderia ser se eu fizesse Letras veio automaticamente à minha cabeça. Quando me dei conta, Inês já era morta.

“Mas e aí, Mariana? Vai deixar os outros te influenciarem?” Nem me venham com essa, que comigo não cola. O ser humano é uma criatura social. Eu sou especialmente social. É claro que levo em consideração o que as pessoas dizem (ainda mais quando essa pessoa é minha mãe – te amo, mãe!). O que me salvou da crise existencial supervalorizada dessa vez foi o fato de já ter feito minha inscrição para o vestibular de inverno da UEPG, agora em julho. Nem que quisesse poderia mudar.

Mas, porém, no entanto, todavia… ainda existe a prova de verão e vai que eu não passo no meio do ano? E agora, José? Vamos começar a descrever para o leitor uma série de perguntas óbvias que todo mundo faz quando está em dúvida? Ou vamos tentar manter o autocontrole e não sofrer por antecedência?

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Por enquanto, segunda opção. E vocês?