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Fazendo (um pouco) a esnobe para acalmar os ânimos
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Olá, todos!

Essa semana vai se chamar “semana da tensão”. Literalmente. Vai ser como uma TPM coletiva no meu cursinho. O superintensivo começa agora e em minha opinião ele é mais cruel do que o próprio vestibular. Condensar a matéria de três anos de estudo em algumas semanas pode deixar as pessoas histéricas por dois motivos: primeiro, dá pra perceber tudo o que não se sabe do conteúdo – e que provavelmente não dará tempo de aprender; segundo, essa revisão geral marca a reta final para o vestibular de inverno da UEPG – que está chegando, mesmo-.

Quem realmente se importa com a prova de julho está na pior fase de todas. Nos corredores do prédio do meu cursinho não vejo mais cabeças, vejo panelas de pressão apitando. A paranóia atingiu o pico. A sensação de “é agora” contaminou até a água dos bebedouros do colégio.

Por causa desse ataque de pânico em grupo, eu resolvi que agora era a hora de sambar de salto agulha na cara da sociedade e causar polêmica no blog com uma palavrinha bem interessante: desdém. Na maioria dos casos, praticar essa ação é uma atitude muito feia (principalmente se com relação a uma pessoa). Porém, nós somos pré-vestibulandos, e com o pequeno consentimento universal que temos de fazer afirmações um tanto absurdas e agir de maneira não convencional eu vou explicar para vocês, meus bem-amados, porque esse substantivo tão contraditório é conveniente a nossa existência nesse momento.

Vestibular é o nosso passe para a universidade, sabemos. Sem ele, não tem curso superior, não tem realização profissional e pessoal, não tem independência financeira e psicológica, não tem nem a possibilidade de você sair da casa da sua mãe (porque provavelmente ela não vai te deixar solto no mundo sem um diploma daqueles). Mas analisem comigo e excluam todos esses fatores. Sobra um maço de folhas impressas com umas perguntas sobre uns assuntos que você e meio mundo passaram anos estudando. Tirando todos os fatores mencionados acima, sobra uma prova. Sobra só uma prova. Um teste igual a tanto outros que você já deve ter feito na vida. Mais um exame dos muitos que você ainda irá fazer.

Aí que entra o desdém. Se encaramos o vestibular dessa maneira, com um pouco de desdém, e o colocarmos em seu devido lugar, ele deixa de parecer um monstro de sete cabeças. Está mais para um filhote de dragão, o que é bem menos assustador, não é? (concordem). Desdenhar um pouco que seja essa prova te acalma, porque na verdade ela não passa muito disso que descrevi. Não estou dizendo para desconsiderar completamente, hein, gente! Longe de mim. É só uma tática que talvez ajude a lembrar que o vestibular vai passar por você, não o contrário. E provavelmente depois você terá provas muito mais difíceis do que ele.

Relaxem um pouco, abaixem o fogo que aquece a panela de pressão e tomem um toddynho. Daí, sim, vão estudar.

Mariana F.

Twitter: @herecomesmary

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