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Viral: um vídeo, imagem, notícia ou criação que ganha repercussão (nem sempre de forma intencional) e se torna um verdadeiro vírus, transmitido boca-a-boca, ou devo dizer compartilhado via redes sociais?

Gangam Style, apresentador que espirra durante o telejornal, rapaz incrivelmente fotogênico, namorada paranoica, bebê mordedor de dedos, e por aí vai. Vemos a cada dia que passa novos virais surgirem com mais frequência na rede, “infectando” o maior número de pessoas possível. Tal aumento é devido à constante evolução do quadro de internet domiciliar – apenas no Brasil, de 2009 a 2011, a compra de computadores com acesso a internet teve crescimento de 39,8%, sendo o bem durável com maior taxa de acréscimo.

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A publicidade também adquiriu gosto por campanhas com potencial para se tornarem virais, como os “Pôneis malditos”, da montadora Nissan (quem nunca cantou “Pônei maldito, pônei maldito, la la la la la la la”?), ou o caso “Perdi meu amor na balada”, da Nokia, que, para promover a qualidade de suas câmeras de celular, criou a história de um rapaz desesperado para encontrar sua cara metade, que viu apenas uma vez na balada – o que a empresa finlandesa não esperava era a revolta dos internautas ao descobrirem que o relato era um viral, pois acreditaram no ator e queriam ajudá-lo.

O compartilhamento de vídeos se tornou algo monstruoso. Qualquer pessoa pode criar uma conta de usuário no YouTube e postar vídeos, possibilitando a visualização em qualquer lugar do mundo, como o vídeo do menino Nissin Ourfali, que apenas criou uma lembrança para amigos em seu Bar Mitzvah e acabou ganhando status de celebridade (ou chacota?). Para os pais do menino, o sucesso não foi visto com bons olhos, tanto que abriram um processo de danos morais contra o Google.

Uma grande parcela do sucesso dos virais se dá graças às redes sociais, como a última bolha a estourar na internet: o caso do mendigo de Curitiba, rapaz com traços europeus que “todo mundo quer levar pra casa”, mas que escolheu as ruas pelo vício de drogas. Várias questões podem ser levantadas de um caso como este: há limite para se explorar histórias semelhantes a esta? E se ela adquire apenas o tom de piada, um assunto tão delicado não deveria manter sua seriedade para despertar reflexão, e consequentemente, uma resolução? Mas, acima de tudo: como barrar algo em um ambiente infinito como a internet?

E você, é capaz de criar um viral?

andre.esantos@yahoo.com.br

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