Não tem como fugir deles, gostando ou não, eles estão por toda parte, tente aceitar este fato (eu ainda estou tentando).
Minha relação com a matemática sempre foi meio conturbada, nunca foi minha matéria favorita, e ao longo dos anos, sempre tive problemas com ela. Isso vem de longa data, já na época da tabuada, e antes mesmo do alfabeto se meter no meio das contas, e do “x” que representava a multiplicação virar um ponto.
Minhas notas nunca foram tão ruins porque eu sempre me esforcei muito pra tentar aprender essa matéria que pra mim sempre pareceu incompreensível. E esse esforço sempre valeu a pena.
Nunca me esqueço de uma vez, eu estava na 7° série, e a professora tinha prometido uma caixa de chocolates pra quem tirasse 10 na prova. Lembro que não sabia direito a matéria, então pedi ajuda pra uma amiga que sempre teve facilidade com os números, ela me ensinou o que eu precisava, eu estudei bastante, mas, como sempre, fiquei nervosa antes de fazer a prova. Uma semana depois, na aula, a professora apareceu com as provas corrigidas e disse que apenas uma aluna tinha conseguido tirar a nota máxima, todos olharam para minha amiga, porque ela era a melhor da sala em matemática.
Mas para a minha surpresa, eu é que tinha tirado aquele 10, nunca fiquei tão feliz com um 10, pra mim, significou muito mais do que qualquer outro, não porque ganhei a caixa de chocolates (apesar de eu amar doces), e sim porque eu provei pra mim mesma que se eu quisesse eu seria capaz de conseguir.
Mas às vezes, quando eu estudo matemática parece que está escrito em árabe ou qualquer outra língua que eu não consiga decifrar, os números começam a dançar na página e nada mais faz sentido. Nessas horas a minha vontade é de sair correndo pra um lugar livre de números e contas.
Hoje resolvi estudar matemática, não tive como fugir, eu prefiro fazer qualquer coisa, mas não tive escapatória. São quatro frentes, A, B, C e D. Comecei pela B, exercícios de probabilidade e análise combinatória, matéria tranquila. Depois fui para a D trigonometria e geometria analítica, também não tive muitos problemas. Na matemática A fiz exercícios de funções, não gosto muito dessa matéria, mas consigo me virar. Deixei o pior pro final, na matemática C, os exercícios de geometria espacial, não tem quem faça eu entender essa matéria, muita gente diz que é fácil, mas eu tenho problema de visualização, não sei, não consigo por mais que eu tente, e em ano de vestibular, não saber ou ter dificuldade me deixa muito mais angustiada.
Em um dado momento, eu me deparei com um exercício que não era de grande dificuldade, eu sabia que sabia como resolver. Normalmente eu fico em média 10 minutos tentando resolver, se eu não consigo, passo para o próximo, e depois tento voltar. Mas não sei por que, esse exercício em especial me prendeu só que tinha algo de errado, minhas contas não estavam batendo, e isso começou a me irritar, fiquei tentando descobrir onde estava o meu erro, refiz as contas umas três vezes, e só mais de meia hora depois, fui descobrir que estava errando um mísero sinal de menos. Um sinalzinho insignificante mudou toda a minha conta, às vezes os detalhes é que fazem a diferença e normalmente eles passam despercebidos. Não só com relação a exercícios de matemática, mas na nossa vida são os detalhes que fazem a diferença. E esse insignificante sinal de menos pode estar presente na questão que vai definir se você vai ser aprovado ou não.
Enfim, vou voltar, mesmo que contra vontade, para os meus exercícios de matemática. Até depois.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião