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A ansiedade dos vestibulandos para ingressar no ensino superior cresce a cada dia que passa, assim como estou ansioso para voltar. Contudo, acredito que alguns vestibulandos (e acadêmicos) ainda mantém uma visão deturpada acerca da trajetória universitária – que não é uma vida repleta de festas e pouco estudo, ao estilo de American Pie e baboseiras similares. Existe também a falsa ideia de que não se reprova (quem acredita nesta história geralmente acaba adquirindo tal experiência).

Você não terá mais uma constância de pequenas tarefas, como na escola, mas não se alivie: há seminários, alguns questionários (tive o desprazer de fazer alguns com mais de 50 questões), além de muitos textos e livros para ler, o que não é exclusividade de cursos teóricos. Na universidade, ocorre uma inversão a respeito de quem realiza a cobrança de resultados do aluno, comparando-se com o colégio. Quando criança/adolescente, os professores têm esse trabalho mais destacado, de verificar tarefas e dar mais auxílio ao aluno. Na faculdade, você tem que ser o próprio fiscalizador, os professores não vão cobrar tarefa de casa constantemente, e nem têm a obrigação, porque é deduzível que o acadêmico seja responsável. Pode parecer mais difícil, porém sinto mais falta do ambiente universitário do que o escolar, por alguma razão.

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Sinceramente, quando voltar à universidade, vou aproveitar mais do espaço em que estou inserido. Creio que, por não me encontrar confortável em Direito, inconscientemente realizei apenas o mínimo para passar de ano – ou meu desempenho foi de tal maneira por ter conquistado a aprovação de modo relativamente fácil e com pouca idade, sem dar o merecido valor. Posso dizer que a caminhada para a segunda graduação está sendo mais árdua e estressante: fico cansado, com flutuações entre o pessimismo e otimismo, estudando e com a sensação de estar tentando tirar leite de pedra – tudo refletido na alimentação, peso e sono.

A soma desses fatores me faz olhar atualmente o ensino superior com maior pretensão de aprender e me preparar, aos 16 anos uma das minhas maiores preocupações era medo de enfrentar um ano de cursinho depois do ensino médio (e agora cá estou…). Apesar de tudo, me sinto de certa forma privilegiado por saber que são poucos que percebem e tentam corrigir um erro similar a este.

É uma promessa que faço, de tentar levar o próximo semestre com seriedade, e, ao mesmo tempo, mais leveza e constância, o que espero que traga tranquilidade na hora da prova. Pode soar clichê, mas eu teria feito minha graduação diferente. Agora tenho a oportunidade de fazer diferente. E você, o que espera da rotina universitária?

andre.esantos@yahoo.com.br