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Olá, todos!

Se algum de vocês assistiu ao telejornal ou leu alguma coisa, sabe que Ponta Grossa está um caos. Sério. Por enquanto estamos sem ônibus e sem água. Está chovendo mais do que nunca. As aulas das escolas públicas e das universidades foram suspensas. Tem gente perdendo suas casas e alguma coisa me diz que várias mortes vêm por ai. E os meus maiores problemas desse dia horroroso eram sobre o que escrever para o post dessa terça e o que deveria estudar durante a tarde.

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Já repararam nisso tudo? Esse país está virado em greves. Gente sem poder sair de casa. Gente sem conseguir voltar pra casa. Gente sem casa. Parece que vem um segundo dilúvio por aí. Ironicamente, não tem água. Não tem ônibus. Não tem aula. Sem falar nos nossos problemas sociais clássicos que continuam firmes e fortes. A crise econômica global vai acabar batendo a nossa porta – e os pré-vestibulandos estão querendo cometer suicídio porque não entendem Química.

A maioria das pessoas que tem o luxo de poder estudar em tempo integral e frequentar cursinho só sabe dessa confusão toda – que pelo menos em PG está acontecendo – porque talvez isso caia na prova de atualidades do vestibular. Não culpo ninguém. É muito mais fácil viver numa bolha de plástico e se preocupar só com o fato de que talvez seu xampu favorito não esteja mais no mercado semana que vem.

O que me preocupa é até que ponto a nossa geração se preocupa realmente com as coisas que acontecem fora do seu mundinho. Vestibular é uma conquista pessoal valorosa, mas na prática qual é a porcentagem de importância real que ele tem para nossa construção ética e moral?

Eu e todas as outras pessoas com idades iguais ou próximas à minha, a meu ver, continuam inválidas. É como se não tivéssemos nascido. Isso porque ainda não promovemos nenhuma mudança significativa nesse mundo cheio de defeitos graves. Se vamos realizar algo benéfico eu não sei, mas me daria por satisfeita se cada um percebesse que a vida não tem a ver só com xampu.