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Se não pode vencê-la, junte-se a ela
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Bob Galbraith / Reuters

“A internet está atrapalhando meus estudos”. Provavelmente você já disse ou ouviu algo parecido. Quem nunca se distraiu – e buscou distração – em alguma rede social, blog, verificando e-mail, assistindo vídeos, ou lendo qualquer outra página da web?

Nós, estudantes que sofremos deste mal (contudo, não somos a única classe a ter a produtividade comprometida por esse monstro cibernético), procuramos qualquer pretexto para dar uma espiada no computador, no celular, no tablet, agora que são tantas opções a recorrer (já verifiquei meu Facebook cerca de cinco vezes desde que comecei a escrever o post, até o final dele perco as contas), porém depois sentimos aquele temível peso na consciência: podia ter estudado durante boa parte do tempo que gastei online

Se não pode vencer a rede, junte-se a ela – com ressalvas. Há uma considerável variedade de fontes de conhecimento disponíveis a distância de um clique, o que se torna uma grande ferramenta de auxílio aos estudantes de cursinho, ou àqueles que têm capacidade, disciplina e material para estudar sozinhos em casa. Porém, é necessário avaliar tais fontes, pois como o acesso à informação e às fontes são ilimitadas, qualquer informação e qualquer fonte podem ser manipuladas. Cabe ao vestibulando diagnosticar se está navegando em mares confiáveis.

Uma das vantagens, de estudar dessa maneira, é que o próprio aluno estabelece e cria seu método e ritmo de estudos. O estudante assiste vídeos de aulas do ensino médio, acessa e resolve bancos de questões do vestibular, e realiza consultas instantâneas a professores, um mercado promissor e que cresce vertiginosamente. Na hora de estudar pela internet, apenas estude: desligue seu messenger, e foque apenas no seu aprendizado. Estabeleça horários de intervalo, nos quais você pode fazer o que quiser.

A história do americano Salman Khan, que percorreu o mundo e se tornou um fenômeno, é um exemplo dessa nova ordem de ensino/estudos. Khan é um professor que largou o mercado financeiro para criar aulas virtuais de matemática, que fossem interativas e atrativas aos alunos. Desde então, suas aulas foram traduzidas para diversas línguas e inspirou outros professores e interessados em computação a buscarem uma nova forma de lecionar, que seja mais prazerosa ao estudante. Países asiáticos, como a China, vêm alterando seus sistemas de ensino para um novo dinamismo, e universidades de prestígio mundial, como Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ambas norte-americanas, também entraram no computador e começam a disponibilizar aulas – e até cursos inteiros – gratuitamente. O ensino reinventa-se, assim como a forma de estudar.

Você acha que a internet é um auxílio na hora de estudar? Ou apenas uma grande distração?

andre.esantos@yahoo.com.br

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