Um dos motivos de ter escolhido o curso de Direito, e não o de Publicidade, aos 16 anos, foi o fato de não existir este na minha cidade. Pode ter sido uma escolha “preguiçosa”, mas fiz essa opção também pelo fato de mudar de cidade gera muitos gastos, e de não querer distanciar-me da minha família – posso dizer que não sou um daqueles estudantes que adoram dizer “Quero distância dos meus pais, quero viver sozinho, odeio minha cidade, quero festa, quero minha independência!” (sendo que só vão ter independência quando os pais não pagarem mais suas contas…).
É um sentimento contraditório – de querer ficar e de querer ir. Às vezes penso em ficar aqui, e como gosto de literatura, línguas estrangeiras e de escrever (senão não estaria aqui), poderia fazer Letras, depois um mestrado, um doutorado… – em outros momentos, penso que devo ir atrás da opção que deixei como segunda escolha há quatro anos.
Alguns podem dizer que a solução é decidir o que você quer mais, mas, para mim, é como ter dois alvos a mesma distância e só poder atirar em um deles. Enquanto não acho uma solução para esse impasse, o recurso é estudar para o vestibular mais concorrido. Essas dúvidas poderiam não existir, não é? Seria tão mais simples achar sua vocação no verso de uma caixa de Toddynho e ir atrás disso…
Morar sozinho me assusta um pouco. Chegar a um apartamento, no seu primeiro dia sozinho, em outra cidade, sentar em algum lugar da sala, olhar para os lados e pensar: “É, é isso aí”. É claro que uma hora nós temos que nos virar e sair da casa dos pais (alguns nunca saem), mas pensar nesse passo tão grande na vida de uma pessoa é espantoso.
Ou será mais simples não pensar tanto a respeito? Só ir com a cara e a coragem, e, no final, não se revela um bicho de sete cabeças… O post de hoje acabou virando uma continuação de “Estudantes à beira de um ataque de nervos” – meu ataque, no caso.
E você, que mora sozinho, como é essa experiência? Ou você, que quer estudar em outra cidade, quais são suas expectativas?
Um abraço,
André
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