Olá, todos!
Nessas horas eu fico muito feliz por ser falante nativa de português. Dizem por aí que é a única língua no mundo que tem a palavra “saudade” no seu sentido mais amplo e profundo. As outras línguas têm os termos “sentir falta de”, mas não a palavra saudade em si – essa mistura que é um turbilhão de sentimentos antagônicos. Logo, tendo português como língua materna, eu posso usar essa palavra e senti-la sem necessariamente saber explicar como acontece.
Digo isso por que ontem achei meu pen drive. Foi a glória do dia saber que esse eu não tinha perdido de vez. Resolvi abrir pasta por pasta e ver o que encontrava de útil por ali. Praticamente todas as minhas fotos do ensino médio estavam guardadas. Fotos que eu nem lembrava de ter tirado, fotos até do primeiro dia de aula do primeiro ano.
Nostalgia é pouco. Me bateu uma saudade tão apertada daquele colégio, daquelas salas, das pessoas. A falta que meus amigos me fazem pegou uma agulha de tricô e brincou de perfurar meu coração até que eu terminasse de ver todas aquelas lembranças gravadas em imagens. É muito clichê, mas o que eu mais queria era terminar o terceiro ano e agora, se eu pudesse, voltaria pra lá sem pensar duas vezes.
Voltar deve ser um dos desejos que mais tem força em mim. Estudaria física só pra descobrir um jeito de voltar nas épocas mais felizes do mundo, mais felizes da minha vida. Voltaria pro colégio e faria tudo novamente, como foi. Certamente foi a época na qual cometi mais acertos e mais erros, até agora. No entanto, a impressão de que tudo aconteceu como deveria não me abandona.
As dimensões físicas daquele mundo eram limitadas, mas as possibilidades eram infinitas ali dentro. No fim das contas, eu amei cada pedaço de concreto daquele prédio e cada hora que achei que detestei. Não sei se aproveitei o suficiente, nem se a universidade seria um lugar mais acolhedor se minha turma do ensino médio estivesse comigo. Queria poder testar essas teorias.
Caros leitores, não sei como terminar esse post.
Mariana F.
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