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Aprendi com o guri: Rafael escolhe o lado bom da Força

Arquivo pessoal
Entre seus pais, Márcia e Gilmar (vestidos de Mestre Yoda e Darth Vader, respectivamente), meu primo Rafael “Trooper”, guri que escolheu o lado bom da Força.

No último dia 20, eu e os Dias da minha vida comemoramos o sétimo aniversário do mais jovem Dias das nossas vidas, meu primo Rafael. O Rafael é a primeira pessoa cujo desenvolvimento eu, já adulto, tenho a oportunidade de acompanhar de perto. E que oportunidade. É fantástico ver um ser humano crescer física e, sobretudo, intelectualmente. Como bem escreveu o pai do Rafael, meu querido tio Giba (em uma bonita homenagem ao filho, publicada no Facebook) o Rafael não vem sendo meramente moldado de acordo com as vontades de seus pais, como uma miniatura de gente: com os devidos ensinamentos de sua família, o Rafael fez, ele próprio, seus sete anos, tomando as suas decisões, crescendo em idade, tamanho e atitudes. De fato, bem orientadas, as crianças aprendem a construir seus próprios caminhos. E também ensinam muito. É preciso prestar atenção às lições que os pequenos nos dão, de maneira sublime, às vezes por meio de um sorriso, às vezes por meio de uma atitude aparentemente desimportante, como a escolha de uma fantasia para a festa de aniversário.

Filho de um dos casais mais divertidos que conheço, o Gilmar (Giba) e a Márcia, as festas de aniversário do Rafael são eventos legais até para quem geralmente não tem paciência para festinhas infantis. A do ano passado foi sobre Star Wars. Não sou grande conhecedor do universo de Guerra nas Estrelas, mas quando soube que o Rafael havia escolhido o tema, perguntei se ele iria vestido de Darth Vader ou de Mestre Yoda. Porém, para minha surpresa, ele respondeu que se fantasiaria de Rex Trooper, de quem eu nunca tinha ouvido falar. Vá lá que eu não seja especialista, mas sei que existem dezenas de personagens mais famosos em Guerra nas Estrelas do que o tal do Rex. Meio frustrado com a escolha do Rafael, quis saber dele o porquê de não escolher o Darth Vader ou outro personagem principal. E ele respondeu: “Porque eu acho o Rex mais massa, e ele é do bem”. A minha frustração virou admiração: sem ligar para hierarquias baseadas em poder, grife, sobrenome ou pedigree, escolhendo com o coração, baseado no que sentiu que é melhor, não no que se convencionou como melhor, o guri escolheu o lado bom da Força. Que a Força esteja sempre com ele.

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