Eis que, em meio a tanta bandalheira e corrupção banhada em Cachoeira, nasce um sincero.
Seu nome é Tiago, sem o “h” superfaturado. Mas não é só isso. Tem a sinceridade no nome composto, bonito costume da família materna de origem japonesa de dar nomes compostos: Tiago Seiji. Seiji significa sincero — autêntico, puro, leal, sem malícia. Começou bem.
Mas quem garante que ele vai cumprir o destino gravado em seu nome, que vai ser sincero, puro, leal? Não há garantia. Há a esperança que nasce com toda nova vida. Há também o amor que o cerca, a família estruturada que o abraça, os bons princípios que vão nortear a sua criação, os mesmos que orientaram a criação de seus pais, dos pais de seus pais… Isso é muito. Há de ser o suficiente. Assim esperamos todos.
Há quem diga que os tempos estão complicados e está muito difícil criar um filho. E os tempos foram descomplicados algum dia? Nem quando a humanidade se resumia a um casal em um belo jardim a vida era simples! E já foi fácil criar um filho? Se Deus, que é Deus, tem problemas para criar Seus filhos, e esquenta Sua cabeça aureolada por causa deles desde que Sua prole consistia unicamente naquele casal bagunceiro (hoje, com bilhões de herdeiros, Ele tem um exército de babás aladas e, mesmo assim, não dá conta), quem pode dizer que é fácil criar filhos? Também não é fácil ser criado!
E isso é desanimador? Não deve ser! É um bom desafio, o maior e mais belo deles, aliás. Um desafio tão constante quanto o surgimento de novas vidas, porque todos nascem assim: sinceros, puros, “seijis”, enfim.
Então, desejo ao Tiago, a seus pais, meus queridos amigos Bianca e Marcelo, a toda a família e a todos nós, humanidade, que o cercamos, muita sorte e muito sucesso nessa empreitada maravilhosa – e em todas as outras que acompanham cada coleguinha de fraldas do meu “sobrinho postiço”.
Não sou anjo, nem torto (só um pouco).
Também não sou poeta (quem me dera).
Mas, para a vida começar com poesia,
nasce a fórceps a rima querida:
Vai, Tiago! ser sincero na vida.