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– A noite promete, amiga!
– Hoje a gente se dá bem! Passa a sua agenda! Vamos ligar para uns gatos!
– Vai falando o nome que eu vou dando a ficha!
– Vejamos… Alfredo?
– Humm… Bonitão, riquíssimo, médico… Mas… Acho que não…
– Por quê? Pelo que você disse, o cara é perfeito!
– Não, ele é meio mala!
– Mala? Por quê?
– Só fala de Medicina, dos casos terríveis que está tratando… Se o papo não é nojento, é triste. Se não é triste, é incompreensível…
– Isso é ruim mesmo. Próximo: Bernardo.
– De jeito nenhum! Beija muito mal, parece um tamanduá procurando formigas entre os dentes! Próximo!
– Caíque… O nome é interessante…
– Mas o cara é um porre, metido a engraçadão, conta piadas péssimas, tipo “vergonha alheia”, sabe? Um dia fomos tomar sorvete e ele perguntou se tinha sorvete de jaca. A moça da sorveteria respondeu que sim. Fazendo cara de nojo, ele disse: “credo, que nojo, sorvete de jaca”. E começou gargalhar que nem um maluco. Eu e a moça ficamos nos olhando, sem graça, enquanto o cara rolava de rir!
– Que chato! Bem… O próximo é o Diego.
– Diego, Diego… Ah, sim… Não, o Diego não! Tem um bafo horrível, parece que ele só escova os dentes nos anos bissextos.
– Credo. Adiante: Estevão.
– Esse é muito gente boa… Mas é feio, feio, feio de dar dó! Ficar com ele, só por caridade… Mas como eu já dei esmola no sinal hoje, passo!
– Hahaha… Tá certo… Deixe-me ver aqui… Frederico. É aquele Frederico?
– Ele mesmo, que eu chamo Fredepobre! Ah, não… Não quero correr o risco de pegar tétano naquele ferro velho que ele dirige, nem ter de dividir o combustível… Muito menos ter de comer pizza em fatia porque o cara não tem grana para comprar uma inteira!
– Mas faz tempo que você não fala com ele… E se ele ganhou na loteria, por exemplo?
– Pior ainda! Prefiro pobre a novo rico! Mesmo em restaurante chique, vai continuar cutucando o dente com palito… Não adianta!
– Tá bom… E esse Gustavo?
– Com esse não dá, amiga. Ele tem um tique com o nariz que me deixa irritada, fica fungando o tempo todo. Só de lembrar já me dá um nervoso…
– Ok. Em frente: Hugo?
– Chamar o Hugo? Hahahaha… Melhor não. Bebe muito e fica chato, isso quando não chama a si mesmo em cima da gente…
– Hahahaha… Nome seguinte: Igor… Acho que esse eu conheço… Não é aquele que…
– Ele mesmo, com quem você ficou naquele Carnaval, em Matinhos. Aquele que você pegou fazendo…
– Para, não me lembra disso. Credo! Fiquei traumatizada com a cena! O próximo na agenda é o Jair.
– Não rola. O Jair não fala.
– É mudo?
– Não, é patologicamente tímido. O problema não é não falar. O problema é que ele fica vermelho e começa a tremer se a gente chega perto dele. Quando tentei beijá-lo, ele saiu correndo.
– E esse Kléber?
– O contrário. Muito comunicativo e muito pegajoso. É o tal do “simpaticão”, sabe? Irritante!
– Em frente: Lucas…
– Ah, o Lucas… Ele é lindo, querido, inteligente…
– Opa! Vou ligar já então!
– Não vai adiantar… Ele é padre agora!
– Ah, meu Deus, porque fizeste isso conosco? Hahahaha… Melhor não tentar o padre, então. Isso deve ser pecado mortal… Hahahaha… Próximo: Maurício.
– Um grosso, brutamontes. Parece um Neandertal. Só falta arrastar a mulher pelo cabelo.
– E esse Nivaldo, então?
– Sensível demais, romântico demais… Não tem pegada! Parece que vai chorar de emoção a cada frase… Eca!
– O que me diz do Otávio?
– Qualquer coisa que eu diga sobre ele deve ser mentira. Tudo o que ele conta é mentira! Acho até que o cabelo dele é falso, deve ser peruca. Diz que viajou por toda a Europa, mas acha que a Torre Eiffel fica em Londres. Diz que tem uma Ferrari, mas que só anda de ônibus para não chamar a atenção e evitar sequestros. Diz que é advogado, mas… Acho que deve ser advogado mesmo!
– Ih, deixa quieto, então. E esse… O que está escrito aqui? Pipipepê?
– Hahahaha… Isso mesmo, não entendeu? Pipi…
– Hahahahahahaha… Entendi! Que maldade! Coitadinho…
– É bem “inho” mesmo… Não tenho nem coragem de olhar na cara dele, pois sei que vou começar a rir… Já tentei, é constrangedor!
– Você é muito cruel! Vamos em frente: Quim?
– Imponente como um rei, belo como um príncipe… Mas deixou de ser Quim e hoje é Queen! Faz shows como transformista em uma boate e namora o segurança de lá.
– E o… Raul?
– Distraído demais. Todo mundo o chama de “Se toca, Raul”. Perdidão, tropeça em tudo, esquece o que estava falando… Muito atrapalhado. Vai para o próximo!
– Agora temos o… Saulo. Esse Saulo não era aquele saradão da academia?
– Disse bem: era. Saiu da academia e engordou uns trezentos quilos. Tenho medo de ser esmagada.
– Você é muito má! Hahahaha… Em frente: Timóteo?
– Magrinho demais, quase desnutrido. Tem uma perninha fina, de grilo. Ao lado dele, eu pareço uma bola. Ele me deixa mais gorda do que aquele vestido florido. Péssimo para a auto-estima. Próximo!
– Ok… Urandir!
– Tsc-tsc-tsc… Muito inteligente, atualizado, politizado…
– Papo bom, então?
– Nem um pouco. Parece que se está falando com um comentarista político ou econômico… Tipo: “você viu que a inflação em Ruanda está fazendo subir os preços das commodities na Escandinávia e inflamando movimentos libertários no Tibete?” Resumindo: um chato!
– Valdir, então?
– Burrinho demais… Não dá para ter uma conversa com ele… Nunca deve ter lido um jornal na vida…
– Walter?
– Muito bonito! Chama muito a atenção! Mas, como dizia a mulher da novela: “bonito como um deus, ordinário feito o capeta”. É muito galinha! Beija você, roça com o pé a perna da moça da mesa ao lado, manda uma mensagem safada de celular para a outra e pisca para a garçonete, tudo ao mesmo tempo.
– Seguindo… Xico?
– Foi preso.
– Yuri?
– Casou…
– Zinho?
– Morreu…
– Acabaram as opções, amiga! Passamos pela agenda toda, todo o alfabeto, e nada!
– Meu Deus, está faltando homem mesmo!
– É… Parece que os bons estão em falta no mercado!
– É pedir muito um cara bonito…
– Mas nem tanto!
– … rico…
– Mas nem tanto!
– … inteligente…
– Mas nem tanto!
– … sensível…
– Mas nem tanto!
– … engraçado…
– Mas nem tanto!
– É pedir muito?

CARREGANDO :)

– Amiga, vai começar um filme com o Richard Gere…
– Esse já foi gato, mas tá muito velho! Ah, quer saber, vou dormir…

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Hoje é dia do homem. Vai entender uma data dessas… De qualquer forma, não há assunto melhor para um dia dedicado ao homem do que… mulher! E, claro, a grande questão que move a humanidade: o que querem as mulheres?

É claro que situação descrita na história acima é ficcional, mas há um fundo de verdade: boa parte das mulheres procura um homem perfeito, que não existe (o último surgiu há 2 mil anos e não era exatamente casadoiro).

Por isso, para finalizar, um pedido às mulheres, neste dia dos homens: deixem o ideal de perfeição de lado e sejam um pouquinho menos exigentes e duras conosco (e, consequentemente, consigo mesmas). Será um enorme presente a todos os homens — mas o benefício será todo de vocês, mulheres!

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