Faço um breve balanço do primeiro turno das eleições. Com os meios de comunicação e internet divulgando informações sobre os candidatos – inclusive a Gazeta do Povo, que fez um excelente trabalho, com seu Candibook, Diagrama de Nolan, etc. – os eleitores tiveram a oportunidade de escolher, com fundamentos, seus candidatos. Entretanto, será que os eleitores votaram certo? A resposta é afirmativa.
Nem todos, contudo, pensam assim. Nas redes sociais pululam manifestações preconceituosas e racistas contra nordestinos (que não teriam votado certo). E, no Paraná, muitos sentiram vergonha, porque os paranaenses não votam certo, presumindo-os incapazes de decidir. Igualmente preconceituoso. Afinal, o que é votar certo? Há o voto certo?
Sim, há. É o voto livre. O voto colocado na urna, ou digitado, sem ameaças, sem pressões. É o voto individual, solitário, ou debatido em grupo, se assim desejar. É o voto refletido, pensado, ou é simplesmente o voto emotivo. É, portanto, o voto pessoal.
Esse é o voto certo. Em suma: cada um vota conforme suas expectativas, seus interesses, seus anseios, seus sonhos. Por isso, não existe voto errado. Sentir vergonha do voto alheio é desrespeitar a vontade do outro. Voto livre é imprescindível à democracia. E, no segundo turno, vote de acordo com suas convicções.
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Já tenho meu voto definido. As redes sociais não me farão mudá-lo.
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